quinta-feira, 8 de julho de 2021

O Futuro no passado (e vice versa)

 

     
    Quando eu era jovem (e isso já faz muito tempo) eu ficava fascinado com os livros de Júlio Verne. 20 Mil Léguas Submarinas; Da Terra à Lua; A Volta ao Mundo em 80 Dias. Essas e tantas outras obras dele em livros devorados vorazmente ou em filmes, me faziam efetuar viagens imaginárias pelo mundo ou pelo espaço sideral. E para espicaçar ainda mais a minha imaginação, ainda tinha a extraordinária série na TV, Jornada nas Estrelas, criada por Gene Rodenberry. Robôs quase humanos, naves espaciais, submarinos atômicos, telefones sem fio, inteligência artificial, sensores de aproximação abrindo e fechando portas, acendendo e apagando luzes, computadores conversando com as pessoas, computadores de bolso (essa é ótima. Lembro dos americanos apresentando numa revista a foto do computador mais moderno do mundo, que ocupava “apenas” um andar de um prédio).

         Há pouco tempo, conversando com um amigo da minha faixa etária, observávamos o netinho dele jogando em um celular. E ele olhou para mim e comentou meio que surpreso: “É. O futuro chegou, né”?  O futuro tem dessas coisas. As pessoas ficam esperando por ele, e quando ele chega, elas nem sempre percebem. Gene Rodenberry faleceu há apenas 30 anos, e mesmo ele, se voltasse aqui nos dias de hoje, se surpreenderia com o avanço tecnológico obtido pela raça humana. Mas, em contrapartida às obras futuristas como as de Verne e Rodenberry, há outras que nos remetem a um passado muito, muito distante, que é a pré história. Além daqueles filmes que buscam recriar como era a vida na pré história, temos também revistas como a do Brucutu, nos quadrinhos, e desenhos animados como Os Flintstones. E todas cometem o erro de colocar Seres humanos convivendo com dinossauros, e hoje sabe-se que estas duas espécies nunca andaram juntas sobre a terra. Mas, são divertidas essas estórias.

         Recentemente vi na TV a propaganda de um banco que junta a pré histórica Família Flintstone com a futurista família Jetson. Adorei a criatividade. E aí minha imaginação começou a voar, querendo saber como seria um desenho animado juntando as duas famílias. Imagina só, os Flintstones, vestindo peles de animais, com seus carros cujas rodas são os próprios pés dos motoristas e passageiros. A tesoura de jardim é uma garça que Fred segura pelos pés e, conforme ele abre ou fecha as pernas dela, ela abre ou fecha o bico podando as folhas. Os utensílios do larzão sempre animais, sendo que o mamute é o mais versátil. Sua tromba é a torneira da pia da cozinha, o chuveiro e o aspirador de pó. Fred e o amigo Barney trabalham em uma pedreira, é claro, cujos tratores são brontossauros amestrados. Agora imagina juntar essa família com outra cujo transporte é um disco voador, o telefone é um celular e não um papagaio como o dos Flintstones, um robô faz todo o serviço da casa, inclusive na cozinha, e o carro do Sr. Jetson não precisa de estacionamento, pois se transforma em uma maleta, quando é desligado.

                Se eu pensar mais um pouco eu vou fundir a cuca, e já sou doido que chega. Já dei o “mote”, agora façam vocês suas divertidas viagens por esse mundo imaginário.

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