domingo, 1 de agosto de 2021

Beethoven - um gênio genioso

Até os dias atuais ele é respeitado por sua obra musical que, indiferente ao tempo, reflete-se no trabalho de  bons profissionais cuja caminhada tem por objetivo produzir qualidade, num universo musical cada dia mais estreito para isso, e escancarado para o que não tem o  menor sentido. Aquele estranho jovem, de nacionalidade alemã,  revolucionou seu tempo e  permanece como a ratificar o adágio nordestino que diz “madeira de lei não teme o cupim”.

Nascido em 16 de dezembro de 1770 - já se vão  251 anos -, na periferia de Bonn, Alemanha,  Ludwig Von Beethoven até hoje influencia  músicos de todo o  mundo, mesmo com as novas características absorvidas pela música, totalmente diferentes das que tinham naquela época. Beethoven resiste à saturação da musicalidade atual, cada dia mais distante do que pode pedir um bom ouvido, mesmo sendo ele de um jovem e, por tal, adepto ao que é de sua época, o que é natural.

Para os que entendem profundamente do assunto, ou pelo menos para muitos deles, Beethoven foi o maior de todos os compositores, mesmo levando-se em conta Bach e Mozart. “Na presença das  maiores obras de Beethoven todos nós nos sentimos pequenos e convulsivamente arrebatados  pela torrente da sua imaginação. Até as maiores  mentalidades musicais  que se seguiram a ele, temiam e empalideciam quando discutiam e escrevia sobre Beethoven” disse certa  feita o crítico musical do Times de Nova York,  Harold  C. Schonbeerg, considerado profundo conhecedor do campo musical.

Ao compositor alemão atribui-se o fato de ter transformado a música e a imagem do compositor. “Ele tinha o que faltava a Mozart, uma personalidade forte que assustava a todos que com ele entravam em contato” disse ainda Schonbeerg. “Nunca encontrei um artista de tal concentração e intensidade espiritual” escreveu Goethe. Surdo, Beethoven conseguiu superar esse difícil obstáculo e o fato de ser considerado feio quando era jovem. Baixo - 1.63 m de altura -,  moreno, o que lhe valeu o apelido de spagnol ( espanhol),atarracado e largo com cabelos revoltos,  nariz pequeno e  redondo, fugia do típico padrão alemão. Tinha o curioso e pouco agradável hábito de cuspir, sempre que lhe dava na cabeça.

Era desajeitado, tudo que pegava corria o risco de quebrar. Não tinha boa coordenação e era deselegante, sombrio e desconfiado, tinha acessos de fúria e foi acusado de vários negócios desonestos com seus editores. Autodidata, fora da música nada tinha de interessante, já que vivia em ambientes sujos e seus ataques de raiva eram intoleráveis. Beethoven foi criado pelo pai como menino prodígio, em regime severo, como para repetir o que houvera feito Mozart. Recebeu poucas aulas de mestres famosos porque era explosivo e o que fez na música deve-se mais à sua genialidade. Foi o maior pianista do seu tempo e o maior improvisador de todos os tempos, garantem alguns. A Nona Sinfonia, sua obra mais relevante, teve má estreia já que os cantores não conseguiam alcançar as notas mais altas. Ele deixou nove sinfonias, 10 sonatas para violino, 16 quartetos de corda, 32 sonatas para piano, como obras principais.  Beethoven faleceu em 26 de março de 1872 e dizem que nesse momento ouviu-se um tremendo trovão e ele, erguendo-se furiosamente, sacudiu os punhos fechados desafiando a natureza. Pode ser apenas lenda, mas para os que conhecem à fundo a sua história, não seria impossível isso ter acontecido.

   

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