terça-feira, 24 de março de 2015

Alex Ferraz

ESCÂNDALO
Quase 200 mil casos, 70 mortos. Este é trágico balanço da dengue em São Paulo, estado mais rico do País. Nos hospitais, multidões em busca de tratamento, com atendimento pífio. Para não falar nos absurdos erros de diagnóstico, pois tudo agora é uma simples "virose". A dengue é virose, mas terrível! O Brasil está mesmo afundando. Seja com Alckmin, Dilma et caterva.
Falam demais por não ter nada a dizer" (da música "Índios", do Legião Urbana)

Os caras pálidas agem
A clássica piada de Zorro cercado por índios e Tonto, seu amigo indígena, reagindo à expressão de "nós estamos em perigo" e perguntando: "Nós, quem, cara pálida?", aplica-se perfeitamente ao discurso que os senadores e deputados federais vêm adotando em relação à Operação Lava Jato.
Eles acusam o Executivo (dizem: "A corrupção está no Executivo"), têm orgasmos ao falar dos esmpresários presos, mas "esquecem" que os maiores beneficiados foram eles, o Parlamento, com doações altamente duvidosas oriundas das mesmas empreiteiras que hoje espezinham.
Cospem no prato em que comem, e fartamente. Afinal, todo mundo pode ir para a cadeia neste país, menos os políticos? Hum...

Um Estado gigantesco (I)
O Estado brasileiro é imenso, desproporcional. Temos, por exemplo, 39 ministérios, enquanto a nação mais rica e poderosa do mundo, com cerca de 320 milhões de habitantes e território maior que o nosso, os Estados Unidos, têm apenas 19.
E nossa vizinha Argentina tem 17.

Um Estado gigantesco (II)
O gigantismo do Estado brasileiro, com especial crescimento nos últimos 12 anos, tem uma explicação: é preciso mesmo uma máquina monumental para alimentar a sede de dinheiro de pelo menos 500 mil "companheiros" e saciar a fome de grana de partidos políticos que sugam o erário. Não há outra explicação, podem crer!
Um Estado gigantesco (III)
Quem achar que estou exagerando, que preste atenção à forma "natural" com que o governo e própria mídia se referem à disputa por ministérios.
Agora mesmo, na guerra para substituir Cid Gomes (impagável naquele episódio de sua demissão), as notpícias sempre fazem referência ao fato de o MEC ter o segundo maior orçamento federal. O que, infelizmente, não redunda em nada de bom para a educação no País...

Vai ficar careca
Os dados são preocupantes: o desmatamento da Amazônia aumentou nada menos que 282% (isto mesmo, duzentos e oitenta e dois por cento!) este ano, que ainda mal começou, em relação ao mesmo período do ano passado.
É intrigante, para dizer o mínimo, o desdém que os governos (desde Sarney e até hoje, para falar do período democrático) dedicam à proteção de uma das mais ricas regiões do mundo em diversidade biológica e outras riquezas, inclusive petróleo e, claro, água potável. Comprometedor, este comportamento.

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