domingo, 1 de março de 2015

Coluna

Cinema
         Gosto de cinema, Sempre gostei. Sou da geração que frequentava as matinês de domingo dos cinemas Santanópolis, Íris e Madri, levando um monte de revistas em quadrinhos para trocar, vender e comprar (só não faz dar e emprestar). Assistia filmes de piratas, caubóis, Tarzan, Hércules, Maciste, heróis que povoavam o nosso imaginário infantil. Já adulto continuei a frequentar os cinemas, que àquela época, tinham salas que comportavam até cerca de mil pessoas. Mas, a TV tirou o público dos cinemas, que hoje estão reduzidas a pequenas salas e ainda assim não lotam. De minha parte, cheguei a frequentar algumas, mas o som estupidamente alto, os preços e a insegurança me afastaram definitivamente. Cheguei a comprar pacotes de canais de filmes, mas desisti. O custo não corresponde ao benefício. Comprei muitos DVDs piratas, mas os filmes atuais também são muito ruins, com raríssimas exceções (Avatar foi o último a merecer minha atenção). Hoje tenho um pacote básico de TV fechada (que veio junto com a internet e telefone), mas pouca importância lhe dou. Às vezes, a empresa abre os canais do telecine com o intuito de atrair alguns assinantes. Filmes velhos, ruins, e repetidos à exaustão. Para mim, cinema mesmo, só em algumas raridades que guardo carinhosamente e assisto vez em quando para matar as saudades.

Nas ondas do rádio
         Não é de agora que o nível cultural dos profissionais de rádio está caindo. Culpa da falta de investimento do governo em Educação, que está transformando o povo brasileiro numa massa de ignorantes. Com a terceirização de horários por parte das emissoras, a coisa piorou, e depois que o “cumpanheiro” presidente disse que ler é uma coisa chata e que ele chegou à presidência sem ter lido um livro sequer, a coisa degringolou de vez. Tem gente saindo das universidades (que também estão ruins) falando errado e desprovida de consciência crítica. E aí um senhor apresenta uma “senhôra”, outro que se “arrupia”, e ainda dá “sugesta”. Teve um repórter dizendo que, diante do assombroso fato ocorrido, ele ficou “antano” (atônito). Já outro, é tão ruim de leitura, que os colegas o chamam de “gago da madrugada”. E foi esse mesmo “gago alfabético” quem noticiou que tal escola de samba havia vencido um carnaval quando prestou homenagem a um maestro, “misturando na avenida samba com música”. E eu, abestado, pensando que samba era música. Tá difícil!

Segura o “ôme”
         Creio que foi Dilton Coutinho quem viu uma foto onde flagram o prefeito José Ronaldo cochichando alguma coisa no ouvido da “presidanta” Dilma. Ela havia acabado de dizer que queria vir a Feira para a inauguração do sistema BRT de transporte coletivo. Segundo Dilton, Ronaldo deveria estar dizendo: Segure seu deputado, porque se ele não atrapalhar a gente inaugura a obra”. Um pândego, esse Dilton!

Barrados no baile

         Também foi Dilton Coutinho quem registrou que o presidente da Câmara Municipal não foi convidado para o palanque da presidente Dilma, que esteve em Feira para entregar algumas unidades do programa “Minha casa, minha Dil, digo, Vida”. E segundo ele, o presidente estava certo em não ter ido à cerimônia, pois só se vai aonde se é convidado. Só gente sem vergonha na cara, intrometida, que se sujeita a passar decepções em público e tomar cotovelada e até mesmo pancada de segurança, é que vai a festa sem ser convidada. Ele me fez lembrar do meu tempo de repórter, quando trabalhava no jornal Feira Hoje, e era designado para ir cobrir eventos. Chegava ao local e apresentava minha credencial. Se fosse barrado, voltava e escrevia algo sobre o evento, registrando que não tinha mais detalhes porque, apesar de credenciado, não me deixaram entrar. Quando cobria o setor esportivo, ia para o estádio e entreva pela porta da imprensa. Se não estivesse trabalhando, comprava o meu ingresso. Muitas vezes ia trabalhar e levava Maura comigo. Comprava o ingresso dela, entrava pela porta de imprensa e ela pela portaria, para nos encontrar lá dentro. Alguns chamam isso de idiotice, eu chamo de “vergonha na cara”.

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