As palavras
A cacofonia nos leva a falar coisas
engraçadas. Mas a busca da objetividade para economizar palavras e, por
consequência, tempo, também gera expressões interessantes. Isso ocorre muito na
propaganda, onde tempo custa muito dinheiro. Certa vez ouvi Dilton Coutinho
fazendo um testemunhal onde dizia: “... queijo tipo reino cuia...”. Comentei
com ele, e logo ele mudou para “queijo cuia tipo reino”. Recentemente tenho
ouvido um anuncio de uma agencia de viagens que oferece um pacote com pagamento
parcelando em 12 vezes, “all inclused”, inclusive, diz o texto, “duas crianças
grátis”. Claro que entendi que eles querem dizer que se eu comprar o pacote
tenho direito a levar duas crianças comigo, sem pagar. Mas, como eu gosto de
“trolar” as pessoas, se eu estivesse frente a frente com o vendedor e ele me
dissesse que eu teria direito a duas crianças grátis, eu proporia trocar as
crianças por duas garrafas de uísque. “Já tenho as crianças que quero”,
acrescentaria.
Que cachorrada...
Eu já contei da minha empregada que,
referindo-se ao meu cão, sentenciou: “Ora, seu Cristóvam, ele é humano como o
senhor”. Agora me aparece um repórter de rádio para dizer que a Polícia
encontrou um canil clandestino onde os cães estavam “vivendo em condições subumanas”.
Neste país onde galinha cisca pra frente e o errado é que está certo, vai ver,
os cães pertencem mesmo à espécie humana, e não apenas figurativamente.
Agora, falando
sério...
Vamos ou não vamos por fim a essa
cachorrada dos políticos?
Fim dos tempos
Depois de ter ouvido políticos reclamando
do alto custo das campanhas, eu acreditei que o atual ciclo havia terminado e
uma nova ordem estaria se instalando. Qual o que? Ainda há muita água pra rolar
antes do dilúvio final. Esta semana o deputado Targino Machado disse que “eleitores
ladrões votam em políticos ladrões”. (vixe!) E arrematou: “Vocês votaram nele
porque também receberam suas tetéias. Estão reclamando de que”? Sinais do fim
dos tempos.
O legado da Copa
O UOL noticiou esta semana que a Justiça
de São Paulo determinou o arresto das ações pertencentes à empreiteira OAS da
Arena Fonte Nova Participações, empresa formada por OAS e Odebrecht que
construiu, explora e administra o estádio erguido na capital baiana para
receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. A medida visa garantir o pagamento
de uma dívida da OAS de R$ 51 milhões junto ao Banco Caixa Geral - Brasil S.A.,
ou BCBG. A empreiteira está em situação de inadimplência em relação a esta
dívida. A Justiça de São Paulo entendeu que, de fato, a empresa está se
livrando de parte de seus ativos, uma vez que atravessa momento de dificuldade
financeira, já que é uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato da
Polícia Federal, e, por causa disso, tem sofrido com bloqueios de bens, perda
de contratos e queda no valor de suas ações.
Jesus, acende a
luz...
A presidente esteve na cidade para
entregar mais um empreendimento do programa “Minha casa, minha “Dilma”. Muita
festa, muitas lagrimas forçadas, aplausos e discursos. Tudo como manda o
figurino. Quando ela foi embora desligaram a energia, deixando apenas alguns
eleitos iluminados e a maioria esmagadora literalmente no escuro. Quando ouvi o
“chororô” no rádio só me veio à mente uns versos de uma música antiga: “...
tudo era lindo quando ela estava aqui. Agora estou chorando e só vou parar se
um dia ela voltar”.
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Por hoje é só que
agora eu vou ali tentar descobrir se eu sou mesmo um “cachorrão”
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