No telefonema, a pessoa que
diz ser da empresa pede o acesso remoto para poder eliminar um vírus e
instalar um programa de proteção.
"Os fraudadores usam o nome de
companhias importantes para cometer seus crimes porque, desta forma, o
contato que estabelecem parece mais legítimo", explicou em sua página da
web a Action Fraud, uma organização britânica que tenta evitar crimes
virtuais.
Mas, este tipo de crime é um negócio muito lucrativo. A
Microsoft calcula que estas ligações telefônicas em seu nome geram US$ 1
bilhão por ano.
"É
muito difícil calcular o número de pessoas afetadas por esta atividade,
mas, se ultrapassam as fraudes registradas em um país específico, como
no caso do recente 'vírus do correio' na Espanha, que afetou milhares,
estamos falando de centenas de bilhões (de dólares) no nível mundial",
disse à BBC Mundo Pablo Teijeira, diretor da empresa de segurança
informática Sophos, na Espanha.
Brasil
Mas,
a instalação de um programa malicioso no seu computador para o roubo de
dados pessoais, golpe conhecido como phishing, não é o único perigo na
internet.
Os fraudadores online também usam e-mails e páginas da
web para convencer usuários a baixarem programas ou clicarem em algum
link.
Para isto, eles usam a "engenharia social", uma forma de
manipulação psicológica que leva a vítima a divulgar informações
valiosas a criminosos - sem estar sabendo disso."São ferramentas criadas
especificamente para gerar pânico na vítima. O objetivo é conseguir que o
receptor da mensagem aja imediatamente e faça o que é pedido,
garantindo que, se ele não fizer nada, perderá algo, como, por exemplo, o
acesso a sua conta no banco", afirma o site da Universidade de Indiana,
nos Estados Unidos, em uma área da página destinada especificamente
para o tema.
Teijeira afirma que os grupos que se dedicam a este tipo de atividade estão espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil.
"Foi
detectado que muitas organizações criminosas que se dedicam ao phishing
estão no Brasil. E entre os países que lideram a lista de emissores de
spam estão vários asiáticos, seguidos pelos Estados Unidos e Rússia. O
número de afetados é maior nos países em que existe pouca educação em
informática", afirmou o especialista.
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