* Lidas da vida*
O Sentir e o Pensar - A Emoção e a Razão
O Coração e o Cérebro.
Escolha a dupla que melhor aprouver e se abandone ao que der e vier. O espaço temporal onde a escolhida se abriga é muito breve.
Ao início, por não dominarmos a linguagem, nossas reações e procedimentos estão atrelados a emotivos sentimentos, por desconhecermos o que, de fato, representam. Ainda não sabíamos exercitar o raciocínio, cujo aprendizado acontece, em parte, por tentativas, erros e acertos.
Ao imergimos no mundo mágico das palavras e seus significados, aumentamos de forma exponencial nossa capacidade de dominar as emoções, emoções que quando descontroladas nos induzem, vezes muitas, a etéreas situações, inalcançáveis. Mesmo assim, volta e meia, deixamo-nos enlevar (ou enganar?), apesar de sabermos não terem sido as tristezas inventadas para causar dor nem sofrimento, sendo parte integrante da própria vida.
É quando em ação, entra a razão.
Há de se ter em conta, é verdade, não acontecer da mesma forma e na mesma intensidade em cada um de nós, tal evolução. O alcance da realidade, sempre será função do maior ou menor domínio da linguagem, em suas múltiplas e facetadas formas. Quanto mais enriquecida a mesma, maior será a capacidade de decodificar sentimentos ou emoções – personagens do campo oposto – reiterados em apontar caminhos diversos daqueles por onde transita o juízo perfeito.
Em suma, pois, o sentir e o pensar – lidas da vida – na infância podem ser representados por coração descomunal associado a minúsculo cérebro. Tal descompasso, com o avançar da existência – quando bem vivida – modifica-se, pois, sendo abastecidos pelo estudo e/ou pela experiência, compreendemos ser inversa a relação de proporcionalidade entre ambos.
Em lá chegando, momento sublime,
convertemo-nos em senhores de nós mesmos.
Hugo A. de Bittencourt
Carvalho,
economista, cronista, ex-diretor das fábricas de charutos Menendez &
Amerino, Suerdieck e Pimentel, vive em São Gonçalo dos Campos – BA.
http://livrodoscharutos.blogspot.com
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