quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Toma que o filho é teu

      

Esse negócio de relação a dois está ficando cada vez mais complicado. Começando pelo fato de que relação a dois não pressupõe mais apenas um homem e uma mulher, e sim dois homens, duas mulheres, e Deus sabe lá mais o que. Mas, o que chama minha atenção é o resultado da relação a dois. Geralmente seria um filho ou filha gerados por uma mulher e criado por um casal, composto por um homem e uma mulher. Hoje o filho pode ser adotivo e ser criado por dois homens ou duas mulheres. Isso sem se falar que pode ser gerado em laboratório, ser desenvolvido numa barriga de aluguel e ao nascer entregue a um casal homossexual. Eu nem quero imaginar as crises existenciais que essa criança terá que passar.

         Mas, deixemos essas questões de lado, até porque geram muita polêmica, e vamos nos ater a uma lebre que foi levantada pelo Dr. César Oliveira, ao afirmar que os homens terceirizaram a paternidade. Ou seja: O homem fecunda uma mulher, paga uma pensão de alimentos e se isenta de qualquer responsabilidade sobre a criação da criança. É. Agora é moda. Alguém aí consegue imaginar os resultados desse comportamento? A criança é fruto de um pai que em nenhum momento a desejou, e uma mãe que se deixou emprenhar apenas para garantir uma pensão de alimentos. Lembremos que por mais que essa pensão seja polpuda jamais será suficiente para alimentar, vestir, educar e tratar da saúde de uma criança até a idade adulta, quando então ela terá que se virar sozinha.  

         A relação homem e mulher parece estar em extinção nos moldes em que estamos acostumados a reconhecer. Não há amor, não há união, nem respeito por si mesmos, um pelo outro e nem pela criança fruto dessa relação. De quem é a culpa? Difícil dizer. Do governo? Da Igreja? Dos políticos? Ninguém em sã consciência pode afirmar. O fato é que as pessoas não se amam como antigamente. Aliás, o amor está obsoleto, dando lugar ao interesse material. Eu não pensei que viveria para ouvir um homem gravar um vídeo, e divulgar pelas redes sociais, afirmando que não queria saber de mulher. “Mulheres dão muito trabalho. São muito complicadas, só criam problemas. Sem se falar na grande despesa. Eu tenho um veado, ele me dá tudo que eu preciso e faz o mesmo papel que a mulher faz. Não sente ciúmes, me dá dinheiro e tudo o que eu pedi, inclusive joias e carros, além de me vestir. Eu amo o meu veado”.

         O mesmo acontece do lado feminino. As mulheres estão preferindo se relacionar entre elas, do que com homens, usando quase as mesmas alegações que o homem usou em relação as mulheres. Isso tudo sem se falar que apareceu em meio ao caos geral, a tal da linguagem neutra, que pretende indefinir a sexualidade de um criança até que ela tenha maturidade pra decidir se quer ser homem ou mulher. Tudo isso é um pouco demais para minha cabeça. Eu sempre fui liberal diante de tais situações. Sempre respeitei as escolhas que as pessoas fazem sobre suas vidas, limitando-me apenas a me reservar o direito de conviver ou não com elas. Que a pessoa seja homossexual, desonesta, violenta, entre outras coisas, nunca recebeu de mim críticas. Apenas me afasto e vou viver com os meus iguais, aqueles que me respeitam e sabem se fazer respeitados. Todos são livres para escolher o seu próprio modo de vida. Mas, devem estar prontos para serem rejeitados ou não, é um direito de todos. Querer impor suas escolhas aos seus semelhantes, é forçar uma situação que poderá ter trágicas consequências e nós já estamos sentindo alguns efeitos dessa situação.

         Tudo isso me lembrou um episódio que presenciei quando ainda estava no ginásio. Um colega nosso era um tanto “delicado” e recebeu uma bronca do professor de educação física que lhe questionou: “Você é homem ou não é rapaz?”

         Ao que ele respondeu, falando com uma voz um pouco afetada: “Não sei professor, não sei! Meu pai é quem sabe”!

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