Palestrante da sessão solene da Câmara em
comemoração aos 182 anos de Feira de Santana, o médico César Oliveira,
proprietário do jornal Tribuna Feirense e professor da Uefs, conclamou os
homens públicos da cidade a compreender a importância do momento que a cidade
vive, para que seja planejada de modo a se tornar a cidade sonhada pela
população, sustentável e com qualidade de vida.
A população em
torno de 600 mil pessoas e o fato de que a cidade tornou-se sede de uma região
metropolitana foram apontados pelo palestrante como pontos que reforçam ser
este o momento ideal para definir os rumos para o futuro. Ele lembrou que
“Feira hoje tem o mesmo tamanho de Curitiba quando começou sua revolução
urbana”, que incluiu a introdução do sistema de transporte coletivo baseado em
BRT.
César apresentou
algumas ideias para fazer uma cidade melhor e sugeriu que a cidade poderia
criar um setor com urbanistas e arquitetos que fizessem permanentemente
intervenções para aprimorar a qualidade de vida.
O médico e
cronista citou exemplos de cidades mundo afora que investiram na humanização,
como Copenhagen, capital da Dinamarca (que tem um Departamento de Pessoas, que
tem como tarefa ouvir cotidianamente a opinião da população) e até bairros,
como o Brooklyn, em Nova York, que teve iniciativas de revitalização puxadas
pelos próprios moradores.
Numa mostra de que
tais mudanças não dependem do país ser desenvolvido, ele trouxe o exemplo de
Medelin, cidade colombiana que foi sede do cartel de cocaína de Pablo Escobar,
e hoje poucos anos depois aparece como um modelo de transformação urbanística.
Uma recomendação
do orador foi que a população seja ouvida e envolvida nas decisões que lhe
afetam.E aproveitou para incentivar o investimento em parques e praças e na
salvação das lagoas que restaram. “Uma pesquisa divulgada esta semana pelo
Instituto Paraná mostrou que as principais queixas do brasileiro nas cidades
são calçada, iluminação pública, tempo no trânsito e áreas verdes”, informou.
O palestrante
disse que é preciso pensar grande e brincou com o apelido da cidade, dizendo
que é hora de passar de princesa para rainha. (Tribuna Feirense)
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