sábado, 19 de setembro de 2015

César Oliveira diz que é hora de projetar o futuro de Feira

Palestrante da sessão solene da Câmara em comemoração aos 182 anos de Feira de Santana, o médico César Oliveira, proprietário do jornal Tribuna Feirense e professor da Uefs, conclamou os homens públicos da cidade a compreender a importância do momento que a cidade vive, para que seja planejada de modo a se tornar a cidade sonhada pela população, sustentável e com qualidade de vida.
A população em torno de 600 mil pessoas e o fato de que a cidade tornou-se sede de uma região metropolitana foram apontados pelo palestrante como pontos que reforçam ser este o momento ideal para definir os rumos para o futuro. Ele lembrou que “Feira hoje tem o mesmo tamanho de Curitiba quando começou sua revolução urbana”, que incluiu a introdução do sistema de transporte coletivo baseado em BRT.
César apresentou algumas ideias para fazer uma cidade melhor e sugeriu que a cidade poderia criar um setor com urbanistas e arquitetos que fizessem permanentemente intervenções para aprimorar a qualidade de vida.
O médico e cronista citou exemplos de cidades mundo afora que investiram na humanização, como Copenhagen, capital da Dinamarca (que tem um Departamento de Pessoas, que tem como tarefa ouvir cotidianamente a opinião da população) e até bairros, como o Brooklyn, em Nova York, que teve iniciativas de revitalização puxadas pelos próprios moradores.
Numa mostra de que tais mudanças não dependem do país ser desenvolvido, ele trouxe o exemplo de Medelin, cidade colombiana que foi sede do cartel de cocaína de Pablo Escobar, e hoje poucos anos depois aparece como um modelo de transformação urbanística.
Uma recomendação do orador foi que a população seja ouvida e envolvida nas decisões que lhe afetam.E aproveitou para incentivar o investimento em parques e praças e na salvação das lagoas que restaram. “Uma pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto Paraná mostrou que as principais queixas do brasileiro nas cidades são calçada, iluminação pública, tempo no trânsito e áreas verdes”, informou.
O palestrante disse que é preciso pensar grande e brincou com o apelido da cidade, dizendo que é hora de passar de princesa para rainha. (Tribuna Feirense)


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