segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Feira do Livro se consolida como agente difusor da cultura

A importância da realização de um evento público, gratuito e num espaço aberto foi citado por visitantes de todas as idades e segmentos sociais presentes na praça João  Barbosa de Carvalho, a Praça do Fórum, local de realização da 8ª Feira do Livro – Festival Literário e Cultura de Feira de Santana, de terça-feira até este domingo (22 a 27 de setembro). O evento, conforme citou o professor de ensino médio Rosevaldo Assis Pereira, supera a condição de local de comercialização de livros e se coloca como incentivador da convivência, da leitura e da difusão da cultura.
Mais de 70 mil pessoas visitaram os estandes da 8ª Feira do Livro, superando a expectativa dos organizadores. O professor Márcio Campos, pró-reitor de Extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana, entidade parceira na organização do evento, afirmou que as dificuldades de recursos para a realização da Feira foram vencidas pelo empenho de todos os envolvidos, como funcionários da Universidade e do Serviço Social do Comércio (Sesc).
A relevância da distribuição de mais de R$ 270 mil em vales-livros para professores e estudantes secundaristas, cedidos pelo Governo do Estado da Bahia e Prefeitura de Feira de Santana, foi citada pela professora Anna Cristina Gonçalves, coordenadora de Extensão da Uefs e da Feira do Livro. Conforme disse, professores dos ensinos fundamental e médio têm relatado retorno por parte dos alunos, que são incentivados à leitura em sala de aula, inclusive com atividades que envolvem obras adquiridas na Feira através dos vales.

Cordel
E a literatura de cordel foi um dos destaques da 8ª Feira do Livro, que reuniu escritores de diversos municípios. Professor licenciado em Letras e mestrando em Estudos Literários pela Uefs, Luciano Ferreira expôs obras de autoria própria, o que despertou o interesse dos visitantes.
A literatura de cordel, conforme afirmou Ferreira, tem se afirmado porque possui a característica de acompanhar as transformações sociais, utilizado como temas a informática, o uso de equipamentos eletrônicos, a política e muito mais. “Os cordelistas abordam os diversos assuntos numa linguagem divertida e atraente, despertando a atenção do público de todas as idades”, salientou Luciano Ferreira, que é do município de Coração de Maria.
O escritor e jornalista Franklin Maxado citou que professores têm dado significativo impulso ao cordel, na medida em que levam o estilo para o debate em sala de aula. No sábado, Maxado proferiu palestra no espaço ‘Conversando com o poeta’, sobre a resistência do cordel, seus desafios e transformações na atualidade, o que atraiu a atenção dos presentes no palco central, local utilizado para declamações durante toda a Feira.
A Feira do Livro é realizada desde 2008, sucedendo as primeiras experiências realizadas pelo Sesc/Feira. Naquele ano, as atividades foram desenvolvidas na Praça da Matriz, mas o sucesso da Feira obrigou a mudança para um espaço maior. Hoje, os participantes afirmam que a Praça do Fórum já não comporta o número de entidades e o público, o que será discutido até a realização da próxima Feira do Livro, no próximo ano.
O evento é uma realização conjunta da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Sesc, Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Secretaria de Educação de Feira de Santana, Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Feira de Santana e Arquidiocese.
A programação incluiu exibição de filmes, contação de histórias, palestras, recitais, oficinas, apresentações teatrais, lançamento de livros e diversos shows musicais de artistas renomados.


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