terça-feira, 29 de setembro de 2015

HUMILHAÇÃO


Na TV, longa e detalhada reportagem mostra um “fenômeno” da “crise”: pessoas muito bem formadas, às vezes poliglotas, estão aceitando salários MUITO menores do que aqueles que recebiam antes do caos. “Ganham”, hoje, algo em torno de R$ 1 mil ou um pouquinho mais, e trabalham mais. Exercem funções que nada têm a ver com suas formação. Pois é, são essas pessoas que estão pagando o buracos dos marajás.


No inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise. (Dante Alighieri)

Um deboche com a sociedade brasileira
Já falei sobre isso,  de forma pontual, esporádica, mas vamos agora generalizar, embora tomando como ponto de partida um fato específico: as bilionárias viagens em jatinhos do governo, por parte de parlamentares e/ou governantes, SOMENTE este ano. Foram mais de duas mil, sendo que cada uma custou, no mínimo, R$ 100 mil.
Como é que pessoas envolvidas nisso, incluindo aí ministros, presidentes da Câmara e do Senado, têm a cara de pau de aparecer na mídia exigindo redução de custos do governo?
Esta situação se torna tanto mais escandalosa quando vemos tais pessoas barganharem, de forma explícita e cínica, cargos no governo, para que possam “apoiar” Dilma. Que país é esse, Renato Russo e Francelino Pereira?

Afinal, de onde eles vêm? (I)
Temos assistido n o Rio de Janeiro a síntese de um dantesco espetáculo de apartheid monumental neste país. Crianças e adolescentes pobres, sem dinheiro e, claro, negros ou mulatos, têm sido barrados dentro de ônibus a caminho da praia, sob o pretexto de evitar arrastões.
Entre outras coisas, isso mostra que, na real, os menores já estão sendo penalizados no país, independentemente da redução legal da maioridade penal.

Afinal, de onde eles vêm? (II)
E antes que alguma idiota venha me acusar de estar “defendendo  menores infratores”, devo relembrar o que já disse aqui inúmeras vezes: sou totalmente a favor da redução da maioridade penal, até para que não se cometam injustiças e generalizações com as que vêm acontecendo no Rio, abertamente, e , de forma subliminar, em todo o País.

Afinal, de onde eles vêm? (III)
Cabe perguntar: quem, hoje, neste país, se preocupa em saber de onde vêm esses meninos, meninas e adolescentes em geral?
Por que eles vão às ruas sem dinheiro e sem documentos? Será que todos são cooptados pelo famigerado crime organizado?
A realidade é que temos uma desgraça social neste Brasil que nenhuma demagogia populista, nenhum discurso neoliberal conseguiu combater.
E ponto final.

E por falar em caça a menores...
No último fim de semana houve uma “coincidência”. No Rio de Janeiro, onde o tráfico e o crime organizado (desculpem a redundância) deitam e rolam na cara das autoridades, cerca de 30 menores foram apreendidos em ônibus. Do outro lado do País, em Recife, também cerca de 30 foram “apreendidos”.
Nada contra a ação legal contra ilegalidades. Mas onde estão,  agora, os que condenam radicalmente a redução da maioridade penal? Preferem esse caos a uma coisa legal? Olhe, me deixem, viu?

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