sexta-feira, 25 de setembro de 2015

SURREAL

A notícia: “O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), receberá um prêmio da Câmara dos Deputados pelo seu trabalho à frente da Sabesp e da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos.” O comentário: é o clímax do cinismo, da hipocrisia. Ele governa um estado que, apesar de ser o mais rico do país, vem passando pela maior crise HÍDRICA da sua história. Só no Brasil!

Os parlamentares continuam cada vez mais afastados do Brasil de verdade.

De Brasília ao sertão, o bilhão vira tostão.
Lá, na ilha da fantasia chamada Brasília, encastelados na Câmara e no Senado, cercados de segurança, pronto atendimento médico e apoiados por salários monumentais, os parlamentares brasileiros seguem isolando-se cada vez mais da realidade brasileira.
Chantageiam o governo em busca de milhões para emendas, dinheiro este do qual apenas uma migalha chega a ser aplicada realmente para o bem da sociedade, se é que chega alguma coisa!
Lá, ignoram a carnificina da guerra civil brasileira, os índices cada vez mais baixos de desenvolvimento na educação pública, o péssimo transporte público, e ignoram mesmo que se passa debaixo dos seus narizes, com a violência e a crise da saúde pública em Brasília e cidades vizinhas.
De lá só saem para pedir (ou comprar) votos nos seus redutos. Esta é a realidade. E quem tem esse tipo de comportamento não vai mudar coisa nenhuma.

O caos das transversais (I)
Dezenas, quiçá centenas, de ruas de pouco destaque em Salvador têm se tornando um inferno a mais para os já estressados motoristas da capital.
São transversais, na maioria das vezes, mas também ruas mais longas, onde é permitido o estacionamento em ambos os lados e a mão dupla de tráfego.
A situação acaba por gerar constantes conflitos, muitos dos quais acabam em violência.

O caos das transversais (II)
Posso citar algumas: ladeira Dom Bosco (que liga a Djalma Dutra a Nazaré), Rua Castro Neves e outras próximas, em Brotas, e algumas vias do Imbuí.
Mas há muito mais. Ocorre que nesses lugares quando motoristas se encontram em direções opostas, não há espaço para dois carros, e aí começam os conflitos, alimentados pela proverbial grosseria e péssima educação dos motoristas de Salvador.

O caos das transversais (III)
Fica a sugestão – que a priori considero inútil, pois eles fazem ouvidos de mercador – para a Transalvador: utilizar alguns dos seus técnicos para levantar essas situações e adotar providências imediatas a fim de civilizar o trânsito nos locais.
Mas, como disse, duvido que isso seja feito, pois à Transalvador só interessa perseguir quem denuncia suas infrações, cobrar cada vez mais multas escondendo radares (sob o viaduto da Luis Eduardo Magalhães há um super-enrustido) e caçar quem bebe um chope. Educar e fazer engenharia de trânsito de verdade, necas!

Vivendo perigosamente (I)
Esta Tribuna mostrou ontem a situação de enorme perigo de quem mora quase parede com parede com instalações altamente inflamáveis da Petrobras, em Madre de Deus.
As cenas do incêndio mostradas na TV chocavam, não necessariamente pelas chamas, mas por exibirem claramente a grande quantidade de casas e prédios vizinhos à região potencialmente explosiva.

Vivendo perigosamente (II)
Mas, convenhamos, isso não é privilégio nosso, nem do Brasil.
Há milhões de pessoas vivendo sobre a fenda de San Andreas, que corta a Califórnia ao meio, mesmo sabendo que aquele estado (o mais rico dos EUA, por sinal) certamente passará por um gigantesco desastre sísmico, que já tem até nome: The Big One.
E há igualmente milhões no sopé de vulcões ativos, com em Nápoles, na Itália. A humanidade gosta mesmo de viver perigosamente...

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