As classes empresariais de Feira de Santana são
contra a criação de uma nova CPMF, por entenderem que a mesma causará um
impacto danoso ao consumidor. A posição foi definida em reunião na noite de
segunda-feira (21), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Feira
de Santana (ACEFS), com a participação de representantes da Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL), Associação dos Lojistas do Shopping (ALS) e
Sindicato do Comércio.
“Nós é que vamos pagar essa conta”, afirmou o
presidente da ACEFS, Marcelo Alexandrino, destacando que criar mais uma fonte
de arrecadação nesse momento é jogar dinheiro em um saco sem fundo, “porque o
governo não tem legitimidade, porque não faz a parte dele”. Na avaliação do
empresário, “até agora o governo só cortou o que não devia”, conforme destacou,
referindo-se à redução dos recursos destinados aos programas sociais.
Para Marco Antônio, todos os argumentos a favor da
CPMF são inválidos, justamente por conta da postura do governo, que não corta
na própria carne. “O impacto será danoso porque o novo imposto é cumulativo e
altamente inflacionário”, afirmou o presidente da Associação dos Lojistas do
Shopping, Marco Antônio Silva, ressaltando que o discurso de que somente os
ricos serão penalizados não tem fundamento, já que o índice não é progressivo.
“Nossa posição deve ser clara. Não podemos aceitar
um novo imposto, pois também somos consumidores”, defendeu o empresário e
diretor da ACEFS Armando Sampaio. O presidente da CDL, Luis Mercês, também se
manifestou contra a proposta, que considera injusta. Ele observou que o momento
pede muita reflexão, mas de antemão reforçou a posição das entidades de classe.
“O governo parou de investir e até o momento não cortou nada”, enfatizou.
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