quinta-feira, 3 de março de 2022

Canabidiol está sendo testado com sucesso no tratamento de 20 doenças

 

O canabidiol está sendo testada em pelo menos 20 doenças ao redor do mundo. Foto: Divulgação
Olha que incrível! O canabidiol, substância encontrada em pequeno volume na folha da maconha, está sendo testado em pelo menos 20 doenças ao redor do mundo.

São doenças que vão de depressão a epilepsia, esclerose múltipla a dor crônica, fobia a cólica menstrual.

No Brasil, tratamento para o burnout

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, identificaram a ação terapêutica do composto no burnout, a síndrome do esgotamento profissional.

O estudo avaliou 120 profissionais da saúde da linha de frente da resposta à Covid-19 e foi concluído que doses diárias do medicamento reduziram sintomas de fadiga emocional em 25% nos voluntários, depressão em 50% e ansiedade em 60%.

“Estamos avaliando, em parceria com o Instituto de Psiquiatria da USP de São Paulo, o efeito do canabidiol na prevenção das consequências neurológicas e médicas gerais da infecção por coronavírus — afirma o líder da pesquisa, o psiquiatra José Alexandre Crippa”.

Canabidiol nos medicamentos

No Brasil são 14 remédios autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Santária (Anvisa) — três deles validados há apenas uma semana. Eles só podem ser usados frente a receita médica do tipo B (azul), a mesma usada com psicotrópicos.

O número de produtos, no entanto, pode aumentar nas próximas semanas. Dados da Anvisa mostram que há cinco pedidos em análise de produtos e quatro em exigência. Outros três ainda devem começar a ser avaliados.

“Vejo nesse sentido, um avanço desses ensaios clínicos, monitorados pela Anvisa, para que possam chegar até o SUS e ser distribuído para toda a população”, afirma o psiquiatra Crippa, docente de Neurociências da FMRP da USP.

O canabidiol (CBD) só deixou a lista de substâncias proibidas pela Anvisa e passou a ser autorizado como medicamento controlado em janeiro de 2015. A aprovação do primeiro medicamento veio em 2017, indicado para tratar espasmos prolongados decorrentes de esclerose múltipla.

Pesquisadores alertam ainda que usar o composto é completamente diferente de consumir a droga.

Quando uma pessoa usa um preparado a partir da planta a mistura tem cerca de 500 compostos químicos presentes.

SNB -  Com informações de Folha de Pernambuco

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