O Brasil é uma referência mundial no controle da epidemia do HIV, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids). A novidade é que agora, a Fiocruz anunciou que vai produzir uma injeção que ajudará a prevenir a contaminação pela doença.
O trabalho vai focar intensamente no grupo de maior risco, que é formado por homens homossexuais, pessoas trans e profissionais do sexo, principalmente entre 18 e 30 anos.
A profilaxia pré-exposição (PrEp) injetável utiliza uma versão do antirretroviral Cabotegravir de ação prolongada, que se mostrou mais eficaz do que o consumo de pílulas diárias, feito pelos pacientes. Estima-se que são necessárias apenas seis injeções por ano.
Método de prevenção
A profilaxia, produzida em parceria com a agência global de saúde Unitaid, bloqueia alguns caminhos pelos quais o vírus pode infectar o organismo humano.
Hoje, no Brasil, a profilaxia é feita pelo consumo de comprimidos (tenofovir e entricitabina) todos os dias.
Com a versão injetável, os pacientes terão até oito semanas de proteção e reduzirão o risco de infecção em até 99%.
A injeção foi pensada como uma solução para usuários que tenham dificuldade em manter a rotina de medicação. Além disso, estudos mostram que a absorção do fármaco é mais eficiente nesse formato.
Ações para eliminar a AIDS
Para tornar a injeção uma realidade, a Unitaid irá investir 10 milhões de dólares no projeto. Além do Brasil, a agência distribuição a profilaxia na África do Sul.
O anúncio foi feito durante o seminário “Brasil e Unitaid – parcerias atuais e perspectivas futuras”, realizado este mês.
O Brasil é um dos países que participaram da criação da agência e a nova proposta é continuidade de uma série de ações tomadas para eliminar a AIDS.
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