quarta-feira, 9 de março de 2022

Cristóvam Aguiar, o polêmico

         

Recentemente, pela enésima vez, alguém me chamou de polêmico. E eu sou mesmo. Sabem por quê? Porque eu não como o tal do “Agá”. Até quando eu quero tomar sopa com aquela massa de letrinhas, antes eu separo todos os “Agás”. Não como Agá nem em sopa de letrinhas. Mas eu conquistei o direito de ser assim. Vejam bem. Parece que eu já nasci lendo, com mentiras e tudo. Mas fui alfabetizado em casa, e antes de completar 5 anos ganhei minha primeira revista em quadrinho, “O Tico-Tico”, com a turma do Azeitona, Bolão e Reco-Reco. Desde então não parei mais de ler. Li milhares de revistas em quadrinhos e algumas centenas de livros. Sou do tempo da fundação da Intelsat, ou seja, a informação já me chegava por satélite. Nossa casa foi das primeiras a ter um aparelho de TV em Feira de Santana, e era ouvinte assíduo das emissoras feirenses, Rádio Sociedade da Bahia e Rádio Globo. Quer dizer, a informação já estava no sangue. No final dos anos 70 virei jornalista e trabalhei ativamente por mais de 35 anos. Em suma: Eu tenho a obrigação de ter vastos conhecimentos gerais e acadêmicos, e muita experiência de vida, pois viajei muito pelo Brasil, sou casado pela segunda vez e tenho cinco filhos e 11 netos. Tive muitas experiências de trabalho, acumulada desde os 13 anos. Eu já fiz de tudo um pouco.

         Então, pra me enganar, vomitar verdades fajutas na minha cara, se torna um pouco difícil. E “polêmica” começa quando alguém intitula minha inteligência, porque eu sou super sincero, não escolhendo hora nem lugar pra dizer o que penso. Não sou de botar empadinha na azeitona de ninguém, nem escamotear verdade para agradar a quem quer que seja. Embora, às vezes, omita alguns fatos, mas apenas para não ver alguém sofrer sem necessidade. Se a verdade não vai resolver nem ajudar em nada, é melhor guardarmos ela com nós mesmos, poupando alguém de sofrimento desnecessário.

         Me irrito muito quando alguém tenta atribuir a mim coisas que eu não disse. Não faz muito tempo enviei uma mensagem para um radialista, fazendo um comentário em defesa de um treinador de Futebol. Era uma mensagem particular, ou seja, não era necessário levar ao ar. Mas ele colocou, invertendo o que eu disse. Quando eu, irritado (e com razão), enviei outra mensagem pra ele perguntando se ele não tinha entendido ou se não quis entender, ele mais uma vez fez uma besteira. Falou no ar o que era só pra ele, se zangou, e deixou de falar comigo. Nessa “briga” eu acho que saí ganhando. Ora, bolas! A conversa era só pra nós dois. Se ele levou ao ar, o problema não é meu. Conviva com sua tolice.

         Mas, o que ninguém pode me acusar é de ser rancoroso ou irascível. Conheço minhas limitações, cometo erros, como qualquer pessoa normal, mas sei reconhecê-los e pedir desculpas. Tenho minhas convicções religiosas e políticas, mas aceito que outros as tenham diferentes das minhas. E sou adepto do princípio de Voltaire: “Posso até não concordar com a sua opinião, mas defenderei até o fim o seu direito de expressá-la”. Só assim me sinto civilizado e humano.

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