
Dilson Barbosa é um gentleman e não
admitiu que a Via Bahia estivesse agindo de má fé, dando ao ocorrido uma
conotação de mal entendido proporcionado pelos funcionários da empresa. A Dra
Angélica vai entrar com uma ação contra a empresa por danos morais e vai exigir
de volta a sua cédula danificada que, no vai e vem nas mãos dos funcionários, não
lhe foi devolvida. A isso chama-se exigência de cumprimento de direitos e a
ação da Via Bahia chama-se de má fé.
A Via Bahia não está agindo de forma
diferente de nenhuma prestadora de serviço concessionária do poder publico.
Assim agem as empresas telefônicas, as fornecedoras de água e energia e tantas
outras que vencem o cliente pelo cansaço. Muitos não reclamam por achar o valor
envolvido insignificante, outros por não querer perder tempo, e outros ainda
por não querer se envolver em problemas com as empresas. E assim com uma
cobrança indevida aqui e outra acolá, um troco que não é dado corretamente,
faturas emitidas em duplicidade, elas vão nos roubando diariamente valores
pequenos mas que no final de cada mês se tornam somas volumosas recolhidas aos
seus cofres. Somos roubados diariamente
em todos os lugares. Os supermercados colocam em promoção produtos com validade
próxima do vencimento ou até vencidos, não empregam empacotadores deixando o
serviço a cargo dos seus clientes, como se esses fossem seus empregados,
colocam funcionários de menos nos caixas aproveitando-se da nossa bovina paciência
para enfrentar filas enormes, e por ai vai. E não temos a quem apelar, porque
os governos sabem disso tudo mas providencia alguma tomam para resolver o
problema.
Nos bancos a coisa é ainda pior. A própria
presidente Dilma Rousseff já esperneou e
fez beicinho reclamando porque os bancos não baixam as taxas de juros, apesar
da atual situação da nossa economia não exigir mais juros tão altos. Mas, de
nada adiantou a presidente espernear e fazer beicinho, os juros continuam altos,
o que demonstra a fraqueza das nossas autoridades em relação aos poderosos
grupos financeiros.
Não se trata de ordens mal passadas,
ou funcionários despreparados para os cargos que ocupam. Se fosse assim, diante
de tantas reclamações as próprias empresas já teriam resolvido o problema simplesmente
advertindo ou demitindo funcionários incapazes. Então não é mal entendido, não
são casos isolados mas, sim, a pura e simples prática de má fé, com a certeza
da impunidade.
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