terça-feira, 16 de maio de 2017

A sucessão baiana tem martelo sendo batido

A pesquisa divulgada pelo grupo de ACM Neto mostrando sua aprovação é apenas para criar o clima e sacramentar  o que todas as pedras das ladeiras da Bahia esperam: ACM Neto será candidato a governador. Dizem que os martelos andaram sendo batidos por aí, recentemente. Neste caso, Otto, abre mão, afinal, recebeu 26 votos de Neto para passar a foice no pequeno Nilo -o grande fica no Egito- e eleger o presidente da Al-Ba,  certamente com algum compromisso.
No campo adversário Rui Costa vem escudado no bom trabalho. Sim, é preciso reconhecer que Rui faz um bom governo - mais austero do que o desmando politiqueiro de Wagner-  e com mais  resultados do que se esperava dele. A verdade é que se não é uma administração faraônica e capenga em alguma áreas,  cumpre o feijão com arroz destes tempos de escassez com eficiência. Tem contra si o esfacelamento do PT, mas ninguém sabe quem vai estar em que partido até lá.   Não é a toa que toca com rapidez o metrô de Salvador - realmente impactante, depois dos séculos de inoperância e denúncias- na luta pelo coração e mente dos baianos. Há, ainda, o fator Otto Alencar ( 70 anos, uma idade limítrofe para certos vôos), e em um bom momento de liderança política, a ser considerado.

Como já escrevi, a única coisa que pode mudar o desenho da política na Bahia é a imprevisível  Lava-Jato. O resto, vai cumprir o jogo jogado.
Aí, para  Ronaldo pode dar vice, pode dar Senado, pode...

 Nem só de PT pode viver a Justiça


A Folha de São Paulo entrevistou 84 deputados e senadores alvos da operação Lava-Jato. Destes, 54 disseram não acreditar que serão cassados e o restante preferiu não se manifestar. Entre eles, Renan Calheiros (AL), um recordista de processos no STF,  minimiza as chances de ter seu mandato derrubado. “Eu estou sendo investigado pela interpretação, pelo “ouvi dizer”. "Há evidente falta de prova".
  Edison Lobão (PMDB –MA), 80 anos, um contumaz frequentador das páginas policiais diz:  “Não vou tentar a reeleição. É evidente que vou me reeleger”, com o orgulho de quem carrega seis inquéritos da Lava Jato.
  Além destes, há investagações sobre José Serra e Aécio Neves - um recordista de pedidos de investigação de Janot- , policitados nas delações superpremiadas do Brasil, além de Alckmin, também citado pela Odebrecht que relatou entrega de dinheiro vivo ao governador. 
  As forças jurídicas do país não podem ficar resumidas a operação Lula, em Curitiba; operação Sérgio Cabral, no Rio, e todo restante no marasmo protelatório e prescrevedor de nossa Corte superior ou nas ações sobrehumanas de alguns juízes. Não é a toa que os reús se apresentam tão animados para a reeleição e o retorno aos generosos e impunes cofres da nação.

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