sexta-feira, 19 de maio de 2017

Temer, governabilidade e eleições



Acho que o governo Temer não tem mais sustentabilidade pelas acusações de corrupção, inclusive da Odebrecht, e não pelo famoso trecho do áudio. A dimensão da gravação não é o bastante para afastar, legalmente, o presidente, embora seja meramente reprovável e imoral que o presidente receba um tipo como Joesley, na calada noite, para ouvir relatos de crimes. Não falo de "achar que", "sentimento', e sim do crime do ponto de vista jurídico. Em nenhum tribunal deste universo ou no paralelo, aquilo seria motivo suficiente.

Acho, também, que sua chapa deve ser cassada, junto com Dilma, pois, foram eleitos com dinheiro de propina e um não pode ser cassado sem o outro, já que há um claro efeito de carreamento de votos, por mais que muitos que votaram em Dilma tapem, agora, o nariz.


Em verdade, estão em jogo dois movimentos: um, cassando pelo TSE o que daria em eleição direta ( e muita conversa já foi feita em encontros secretos aqui e no exterior) e, outro, com renúncia ou impeachment, que obrigaria a cumprir a constituição com eleição indireta, pelo Congresso. A situação já foi disparada pelas facções que lutam pelo poder, com esta ação desenhada, havendo um nítido movimento para Temer ir fazer companhia a Marcela e a babá de Michelzinho.

Havendo indireta, quero que o Brasil sobreviva. Deste modo, embora me agrade a Carmem Lúcia ( um tanto desaparecida nos recentes episódios de Gilmar e Marco Aurélio, quando devia ter matado no peito, afinal, é a chefe), temo que lhe falte a habilidade e base politica. Então, nesta transição optaria por Meireles para o mandato tampão - embora não tenha muitas simpatias por ele, mas meramente por tom pessoal- porque está recuperando a economia, gerando emprego e PIB positivo, está envolvido com as reformas, tem cacife com investidores e habilidade de lidar - sim, infelizmente, é necessário sim- com os bandidos do Congresso.


Tenho dito, e é isso aí.

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