Colaboração é
coisa do passado. O governo chinês chamou 20 mil cientistas e acadêmicos do
próprio país para criar uma versão estatal da Wikipedia, a maior enciclopédia
virtual do mundo. Segundo a agência estatal responsável, a obra ambiciosa, que
terá conteúdo de mais de 100 áreas do conhecimento, entrará no ar em 2018.
A plataforma online
é novidade, mas a enciclopédia em si, não. Essa é a terceira edição da Enciclopédia
Chinesa, cuja primeira edição foi impressa em 1993 após 15 anos de
trabalho. Ela tinha 74 volumes físicos.
O projeto
prevê 300 mil verbetes de mil palavras cada um. Se tudo der certo, afirma o jornal neozelandês NZ
Herald, o resultado final será duas vezes maior que a Encyclopædia
Britannica. Do ponto de vista numérico, ela não chegará aos pés da
Wikipedia chinesa, com 939 mil artigos.
Essas
comparações, porém, são arriscadas. Desde 1974 a Britannica é publicada
em três partes: a primeira é reservada a verbetes curtos, de consulta rápida. A
segunda, a versões aprofundadas dos principais tópicos mencionados antes. A
terceira, a índices e informações sobre os autores.
Essas
diferenças tornam uma comparação direta muito difícil – critérios de contagem
diferentes trarão resultados diferentes.
Além disso,
tamanho não é documento. A padronização do conteúdo e a seleção de boas fontes
e colaboradores são essenciais, e, nesse aspecto, a Wikipedia inevitavelmente
perde para suas concorrentes de papel mais antigas. (SuperInteressante)
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