Uma longa distância separa o Lula que cozinhava no sítio “Los
Fubangos” ao que tinha adega de bons vinhos e pedalinho no sítio, em
Atibaia, patrocinado pela Odebrecht. Nesta mutação moral- embora sinais
continuem aparecendo que mudou a dimensão, mas não o espírito-,
atualizou-se o status, as verbas das palestras, e o tráfico de
influência que transformou o retirante de Garanhuns e carismático líder
operário em maestro de um projeto de poder baseado na corrupção, que ia
além do Brasil, mas espalhava sua erva daninha por toda América Latina,
países da África e Cuba.
Neste intervalo ele dedicou-se ao que sabe fazer
melhor: frases para o jogo de mídia, cunhando frases de efeito que não
passam de retórica, pois, a lei se aproxima cada vez mais do seu
encalço. Numa delas disse que bastava ser convidado por Moro que iria a
Curitiba depor- embora tenha tentado todos os recursos possíveis para
suspender o depoimento de hoje- e, em outra afirmou que: se tem uma
coisa de que me orgulho é que não tem, nesse país, uma viva alma mais
honesta do que eu. É uma destas platitudes de vida curta e se destina a
politizar seu julgamento, realçando o segundo papel que desenvolve com
maestria: o de vítima.
Seguidores financiados, beneficiados, e, claro,
também, verdadeiros apaixonados, acreditam que algum cidadão
pode ou deve estar acima da lei, sendo inimputável. Isso não existe.
Qualquer cidadão pode ser investigado, interrogado, diante da quantidade
de denúncias e depoimentos que relacionam seu nome a projetos de
corrupção que fazem uma construtora crescer 513% em dez anos, durante
seu governo. Imaginar que tamanha exploração e extorsão dos recursos
públicos foram realizadas sem seu conhecimento, aprovação e participação
ferem qualquer mínimo de lógica. Portanto, Lula, chega a Curitiba como
investigado natural e seu depoimento ao juiz Sérgio Moro é apenas mais
um passo na investigação da medonha destruição institucional, econômica e
política que seu partido causou ao país. O resto é torcida
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