quarta-feira, 10 de maio de 2017

O maestro Lula e o juiz Moro

Uma longa distância separa o Lula que cozinhava no sítio “Los Fubangos” ao que tinha adega de bons vinhos e pedalinho no sítio, em Atibaia, patrocinado pela Odebrecht. Nesta mutação moral- embora sinais continuem aparecendo que mudou a dimensão, mas não o espírito-, atualizou-se o status, as verbas das palestras, e o tráfico de influência que transformou o retirante de Garanhuns e carismático líder operário em maestro de um projeto de poder baseado na corrupção, que ia além do Brasil, mas espalhava sua erva daninha por toda América Latina, países da África e Cuba.
           Neste intervalo ele dedicou-se ao que sabe fazer melhor: frases para o jogo de mídia, cunhando frases de efeito que não passam de retórica, pois, a lei se aproxima cada vez mais do seu encalço. Numa delas disse que bastava ser convidado por Moro que iria a Curitiba depor- embora tenha tentado todos os recursos possíveis para suspender o depoimento de hoje- e, em outra afirmou que: se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu. É uma destas platitudes de vida curta e se destina a politizar seu julgamento, realçando o segundo papel que desenvolve com maestria: o de vítima.

           Seguidores financiados, beneficiados, e, claro, também, verdadeiros apaixonados, acreditam         que algum cidadão pode ou deve estar acima da lei, sendo inimputável. Isso não existe. Qualquer cidadão pode ser investigado, interrogado, diante da quantidade de denúncias e depoimentos que relacionam seu nome a projetos de corrupção que fazem uma construtora crescer 513% em dez anos, durante seu governo. Imaginar que tamanha exploração e extorsão dos recursos públicos foram realizadas sem seu conhecimento, aprovação e participação ferem qualquer mínimo de lógica. Portanto, Lula, chega a Curitiba como investigado natural e seu depoimento ao juiz Sérgio Moro é apenas mais um passo na investigação da medonha destruição institucional, econômica e política que seu partido causou ao país. O resto é torcida

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