Não vejo motivo para pânico, mas não concordo com os argumentos usados, que tentam banalizar a doença:
1- a mortalidade é baixa: essa é um dos argumentos mais inadequados já
ditos. Funciona como se fosse aceitável morrer de uma causa não natural,
inesperada e sobre a qual não se tem controle. E não custa lembrar que é
de 10% em idosos, portanto, é significativo sim, exatamente por afetar
os mais frágeis. Comparam com a dengue, mas sua transmissão é pelo mosquito e não de humano a humano, portanto, muito diferente.
2- o nosso sistema de saúde, aquém das necessidades, não tem condições
de dar suporte ventilatório em um surto . A Itália está recebendo 1000
respiradores da China
3- não temos dados, mas evidente que a população europeia é mais idosa e de maior risco que a nossa, mas isso não retira o impacto da pandemia
4- claro que há um impacto econômico que pode causar turbulência e sofrimento em um país já abalado pela fragilidade econômica, por isso é preciso planejar medidas. O poder público vai precisar de recursos.
5- além da mortalidade há o sofrimento emocional, e o medo, maior ainda para imunodeprimidos, idosos, portadores de comorbidades
6- sim, a mortalidade é baixa, em nível que não precisa gerar pânico, mas o bastante para gerar prevenção e evitar riscos desnecessários
7- é preciso observar a taxa de contágio e crescimento de casos novos para sabermos o ritmo da epidemia por aqui e tomarmos as decisões corretas . Estima-se que aumente 10x a cada 7,2 dias a partir de 50 casos. A partir daí o crescimento é geométrico
8- medidas preventivas não devem tardar. A Itália é um exemplo do que pode acontecer quando as medidas são tomadas tardiamente. O Brasil, por ter identificado o caso no começo, tem condições de fazer essa prevenção melhor
9- não custa combinar manutenção da vida normal com medidas preventivas que reduzam a presença de multidões de várias localidades e origens diferentes pelo seu potencial de disseminação e crescimento exponencial, como em outros países
10- é diferente um restaurante, um hotel, um colégio, um culto, um estádio, e uma festa de rua, como a Micareta. Dimensões e potenciais diferentes. A cada um, em determinados momentos, terão de ser adotadas medidas de prevenção. No crescimento atual, a Micareta é o evento de maior risco e tem de ser cancelada. Assim como parada Gay, Caminhada da Paz ou o que for
3- não temos dados, mas evidente que a população europeia é mais idosa e de maior risco que a nossa, mas isso não retira o impacto da pandemia
4- claro que há um impacto econômico que pode causar turbulência e sofrimento em um país já abalado pela fragilidade econômica, por isso é preciso planejar medidas. O poder público vai precisar de recursos.
5- além da mortalidade há o sofrimento emocional, e o medo, maior ainda para imunodeprimidos, idosos, portadores de comorbidades
6- sim, a mortalidade é baixa, em nível que não precisa gerar pânico, mas o bastante para gerar prevenção e evitar riscos desnecessários
7- é preciso observar a taxa de contágio e crescimento de casos novos para sabermos o ritmo da epidemia por aqui e tomarmos as decisões corretas . Estima-se que aumente 10x a cada 7,2 dias a partir de 50 casos. A partir daí o crescimento é geométrico
8- medidas preventivas não devem tardar. A Itália é um exemplo do que pode acontecer quando as medidas são tomadas tardiamente. O Brasil, por ter identificado o caso no começo, tem condições de fazer essa prevenção melhor
9- não custa combinar manutenção da vida normal com medidas preventivas que reduzam a presença de multidões de várias localidades e origens diferentes pelo seu potencial de disseminação e crescimento exponencial, como em outros países
10- é diferente um restaurante, um hotel, um colégio, um culto, um estádio, e uma festa de rua, como a Micareta. Dimensões e potenciais diferentes. A cada um, em determinados momentos, terão de ser adotadas medidas de prevenção. No crescimento atual, a Micareta é o evento de maior risco e tem de ser cancelada. Assim como parada Gay, Caminhada da Paz ou o que for
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