O número de mortes em razão do novo coronavírus (covid-19) subiu de 136 para 159 entre ontem e hoje. Um aumento de 16% entre a última atualização e a divulgada há pouco pelo Ministério da Saúde.
Já os casos confirmados saíram de 4.256 para
4.579. O resultado de novas 323 pessoas infectadas marcou um incremento
de 7% em relação a ontem.
O número foi o menor desempenho nos últimos cinco dias, quando o número
de novas pessoas infectadas, por exemplo, passou dos 500 na última sexta-feira (27).
Em entrevistas coletivas durante a semana a
equipe do Ministério da Saúde afirmou que era esperado um crescimento
diário de até 33%.
Os estados com mais casos foram São Paulo (1451), Rio de Janeiro (600),
Ceará (372), Distrito Federal (312) e Minas Gerais (231). A menor
incidência está em estados da Região Norte, como Rondônia (6), Amapá
(8), Tocantins (9) e Roraima (16).
Mortes
O índice de letalidade atingiu 3,5% com o balanço de hoje, acima do verificado no balanço de ontem, quando ficou na casa dos 3,2%.
São Paulo concentra 113 do total de mortes,
seguido por Rio de Janeiro (18), Pernambuco (6), Ceará (5), Piauí (3),
Paraná (3), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (1), Goiás (1),
Distrito Federal (1), Rio Grande do Norte (1), Bahia (1), Minas Gerais
(1) e Amazonas (1). Com 23 novas mortes, foi o maior resultado
registrado desde o início juntamente com o de ontem, que teve o mesmo número.
Em relação ao perfil das pessoas que
faleceram, 40,4% eram mulheres e 59,6% eram homens. Mantendo o padrão
identificado ao longo da semana, 90% tinham mais de 60 anos e as doenças
crônicas mais associadas foram cardiopatias (81), diabetes (58),
pneumopatia (24) e condições neurológicas (14).
As hospitalizações somaram 757.
Medidas de isolamento
Na entrevista coletiva de balanço das ações
do governo federal, realizada de forma conjunta no Palácio do Planalto, o
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que é correto seguir
as decisões dos governos sobre decretação de medidas de
isolamento social.
“Tenho dialogado com secretários municipais e
estaduais dentro do que é técnico e científico. Por enquanto mantenham
as recomendações dos estados porque esta é no momento a medida mais
recomendável já que temos muitas fragilidades do sistema de saúde que
são típicas”, afirmou.
Sobre a discussão acerca do foco na proteção
das vidas ou da economia, assunto sobre o qual o presidente vem se
manifestando nos últimos dias, o ministro Mandetta afirmou que é
inerente aos gestores da Saúde priorizar a proteção à vida da população.
“A saúde é um norte, um farol. Enquanto não
temos resposta mais cientificamente comprovada, a saúde vai falar ‘para e
vamos evitar contágio’. Isso não é a saúde estar certa ou errada, é
instinto de preservação. O instituo pela vida é mais forte do que o
econômico. Precisamos primeiro preservar esse instinto e dar as
condições”, declarou.
Ele afirmou que o governo entende que não pode haver um lock down (fechamento)
absoluto no país, mas é preciso ver como retomar setores da economia de
forma a evitar a disseminação da doença. “Temos que moderar como
ativar partes importantes da economia para que não tenhamos uma
segunda onda [crise econômica] maior que a primeira [crise de saúde]. Se
não tivermos coordenação teremos os dois problemas ao mesmo tempo”,
ponderou.
O ministro argumentou que não há como
definir prazo para o fim das medidas de isolamento, pois os países que
indicaram o momento do encerramento tiveram de adiar, como Estados
Unidos. Esse debate, acrescentou, será feito em conjunto com governos
estaduais e prefeituras.
“Não acredito em quarentena vertical ou
horizontal. Eu preciso construir um pacto com os atores, estados,
Supremo Tribunal Federal. Vamos ter código de comportamento, de distanciamento entre as pessoas. De funcionar, para não morrer de paralisia, mas não ter frenesi que nos cause um mega problema que estamos vendo nos países”, defendeu.
Ontem após visitar
localidades em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro voltou a
manifestar preocupação com a economia e com a preservação de empregos
das pessoas que estão sendo afetadas pela crise provocada pela pandemia. (Agência Brasil)
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