O Facebook vai
fornecer aos seus utilizadores anúncios gratuitos da Organização Mundial
de Saúde (OMS), para combater a desinformação existente em torno do
novo coronavírus. O objetivo é garantir que as pessoas sejam
corretamente informadas dos riscos que correm e do modo como devem
reagir à epidemia.
“Nós estamos dando à OMS a oportunidade de
divulgar seus anúncios de forma gratuita, tal como ela necessita, para
dar resposta ao coronavírus, juntamente com outros apoios do gênero”,
garantiu o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, na terça-feira (3).
Os utilizadores que fizerem pesquisa sobre o vírus no Facebook vão ser direcionados, através de um pop-up,
para a OMS ou para a autoridade de saúde local. A ligação ocorre de
forma automática e fornece aos leitores as informações mais recentes,
explica ainda o fundador da plataforma digital.
Caso os utilizadores vivam num país onde foram confirmados casos de contágio, a plataforma passa a enviar para os seus feeds notícias com atualizações sobre os infectados.
A empresa pretende também remover todas as
alegações e teorias falsas sobre o tema dos seus conteúdos. Para tal, o
Facebook está sendo ajudado por especialistas de saúde e deverá também
dar apoio a outras organizações mundiais.
No mês passado, a empresa proibiu anúncios de produtos alusivos à cura ou prevenção do vírus.
Outras plataformas digitais estão também
tomando medidas em relação à desinformação sobre a epidemia. Pesquisas
realizadas no Pinterest por “coronavírus” são encaminhadas para uma
página com informação fidedigna do vírus. Na semana passada, a OMS criou
também uma conta na aplicação TikTok no combate à desinformação.
Coronavírus e a desinformação
Do mesmo modo que a OMS tenta conter o
alastramento da epidemia, procura também impedir que a desinformação
sobre o vírus aconteça. O movimento em torno das informações falsas já é
conhecido como “infodemic”.
O fluxo de informações pouco rigorosas ou
falsas que se dispersam a alta velocidade pelas redes sociais está sendo
encarado como um problema sério para a saúde pública.
“Sabemos que cada surto será acompanhado por uma espécie de tsunami
de informação, mas no meio desta informação há sempre desinformação,
rumores”, salientou a responsável pelo departamento de preparação para o
risco de infeções da OMS, Sylvie Briand, à The Lancet.
Já não basta divulgar a informação de forma
correta, é preciso muito mais ter a certeza de que as pessoas estão
informadas e que sabem qual a forma certa de agir, acrescentou a
responsável do departamento de infecções.
Esta onda de desinformação atingiu o auge a
partir do momento em que foi declarada emergência de saúde pública à
nível internacional. (Agencia Brasil)
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