sexta-feira, 19 de junho de 2020


A grande novidade
O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM ACM Neto, abriu uma porta aberta, ao declarar solenemente que o DEM não tem nada a haver com o presidente Bolsonaro. Choveu no molhado. E acrescentou que o DEM “não tem nada a haver com o Centrão”. Aí há controvérsias. Porque ele não explicou se essa “desaproximação” ocorreu antes ou depois do deputado Roberto Jefferson, que lidera um grupo de partidos ligados ao Centrão, fechar um acordo de apoio ao presidente. Mas, pra ser coerente, ACM Neto deveria promover a saída do governo dos ministros que são filiados ao DEM. Por que ele não fez isso?

Acabou a baderna?
         Foi só a Polícia prender alguns, dar uns sopapos em outros e prometer endurecer se desobedecerem a ordem de não fazer manifestação no mesmo lugar que outra, e acabou a valentia, acabou a baderna. Todo mundo agora é “anjinho”. Também foi bom descer o sarrafo nos tais 300 do Brasil que se diziam apoiadores de Bolsonaro e jogavam fogos de artifício no prédio do STF dando poder de fogo ao inimigo. Esses caras têm que entender que democracia pressupões liberdade de expressão e direito de ir e vir para todas as correntes políticas, e não para uma só. Fez baderna, desce a madeira!

Cara de pau
         A cara de pau do secretário de saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, seria hilária se não fosse cínica. Com o fracasso do Fique Em Casa e Vírus pipocando na Bahia ele, em vez de cuidar do que não fez antes (suspender o carnaval, construir hospitais, distribuir cloroquina com o povo, etc.) bota falação sobre o prefeito de Feira de Santana dizendo que ele precisa ser mais enérgico e cuidadoso. Feira de Santana, com quase um milhão de habitantes, até esta quinta-feira, do total 1.263 no Estado, tinha 39 mortos pelo vírus chinês, e já reabriu serviços considerados essenciais e está reabrindo gradualmente o comércio. O mesmo o governador e seu aliado de última hora, ACM Neto, não podem dizer. Mas até o início do mês de julho ele vai aparecer na cidade para inaugurar o hospital Clériston 2, que ele prometeu há seis anos, quando em campanha, de que, se eleito fosse, no primeiro dia do seu primeiro mandato, daria início à obra. Quando ele inaugurar é capaz de não ter mais ninguém precisando dele. Ficam para trás os mortos que precisaram do hospital nestes seis anos, e não acharam.

Do mestre José Carlos Teixeira
“Com a autoridade de secretário de estado, Fábio Vilas-Boas, da Saúde, disse hoje no Jornal da Manhã da TV Bahia que a grande maioria dos casos de covid-19 registrada no interior da Bahia deve-se a "uma inundação" de ônibus clandestinos que chegam às cidades interioranas trazendo milhares de migrantes paulistas, muitos deles infectados pelo coronavírus. Tenho certeza de que ele não teve a intenção, mas me pareceu uma senha para eventual caça às bruxas. Pelo sim, pelo não, acautelem-se os paulistas que porventura estejam em terras baianas. Melhor esconder o sotaque, segurar os erres e não falar "orra, meu" para não ser confundido com um migrante propagador do corona, provavelmente enviado por Dória, com inveja dos bons resultados obtidos pelo governo baiano na luta contra o vírus.”

Milícias
         Papagaios vivem repetindo o que pessoas falam. O mesmo acontece com gente ignorante e desinformada. Vejo muita gente boa dizendo que o presidente Bolsonaro é miliciano, ou como diz um amigo meu, “meliciano” (deve produzir mel, sei lá), de forma a acusá-lo de ser desonesto, mau caráter ou até assassino. Mas, o que seria uma milícia ou um miliciano? Milícia é um fenômeno que ocorre na área de segurança pública sempre que o Estado falha no cumprimento do seu dever constitucional de oferecer segurança aos cidadãos. As milícias são formadas por policiais, bombeiros, guardas municipais, vigilantes, agentes penitenciários e militares, fora de serviço ou na ativa. Muitos milicianos são moradores das comunidades e contam com respaldo de políticos e lideranças comunitárias locais. A legalidade da formação de milícias é controversa, pois carecem de respaldo de autoridade estatal. Milícias privadas, geralmente são ilegais. Qualquer um pode ser um miliciano ou simpatizante de milícias, isso não depõe contra o caráter nem a honestidade de ninguém.

Maria Bethânia
         Ontem ela completou 74 anos, e como um bom vinho, quanto mais velha melhor. Ela canta porque sabe e gosta de cantar. E como é também atriz, alia sua arte teatral com a arte de cantar e, como diria Jannis Joplin, ela canta com a voz, com a alma, com o sexo. Ela canta toda. Eu e Maura temos um chamego especial com ela, porque quando começamos nosso namoro uma música de Gonzaguinha que ela gravou embalava nosso relacionamento. Até porque mantivemos o nosso relacionamento mais ou menos como uma porta entreaberta, onde nada seria definitivo e qualquer um poderia partir na hora que bem quisesse, o que não aconteceu nestes 40 anos de eterno namoro que completaremos neste sábado 20 de junho. Se quiser ouvir a música ai está.


Dica musical
A minha dica musical desta semana é Philosopher, com o grupo Yellowstone and Voice. Vivemos citando máximas filosóficas que nem sempre nós mesmos entendemos. Isso ocorre porque não devemos ensinar nada a ninguém, pois é melhor ensinar às pessoas como encontrar as respostas dentro delas mesmas. Idealizamos um mundo perfeito para nós, mas as outras pessoas poderão viver nesse mundo que idealizamos? Os conceitos e valores dos outros são diferentes dos nossos, por isso eles devem criar seus próprios mundos, perfeitos para cada uma deles. Resumindo: Não dê o peixe, ensine a pescar. Confira  


Philosopher
“O segredo de uma boa velhice não é outra coisa senão um pacto honrado com a solidão” (Gabriel Garcia Marques)

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Por hoje é só que agora eu vou ali ver se consigo ajudar às múmias do STF a enxergar quem são os verdadeiros inimigos da democracia


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