terça-feira, 30 de junho de 2020

Prefeitura de Feira promove Julho Amarelo, em prevenção a hepatites virais

O mês de julho é marcado em todo o país pelas ações de diagnóstico e educativas relacionadas às hepatites virais, onde diversas unidades e órgãos de saúde promovem a campanha Julho Amarelo. Em Feira de Santana a Prefeitura através da Secretaria de Saúde preparou para o mês algumas atividades que serão desenvolvidas pelo Programa Municipal de Hepatites Virais a partir do dia 1º.
Devido as medidas restritivas de distanciamento social, não haverá pela primeira vez ações de mobilização nas ruas da cidade, porém as ações de orientação, alusivas e cuidados estão mantidas tanto nas unidades quanto no programa municipal, que será decorado com a cor da campanha.

A importância da vacinação contra hepatite B estará sendo reforçada durante todo o mês no programa municipal, a dose é oferecida durante todo ano pelo programa e pelas unidades de saúde e faz parte do calendário nacional de vacinação de rotina. Testes rápidos para diagnóstico da hepatite B e C também serão ofertados no programa, sendo realizados cinco no turno da manhã e cinco no turno da tarde, aberto ao público. O exame também é descentralizado, sendo possível realizar nas unidades de saúde.
Segundo a enfermeira coordenadora do programa municipal de hepatites virais, Telma Nandiara, devido o contato com objetos perfurocortantes, alguns profissionais como tatuadores e manicures devem estar atentos aos cuidados com esterilização dos equipamentos ou fazendo uso de materiais descartáveis.
"Temos atualmente cerca de 1.461 pacientes ativos em Feira de Santana, ou seja, que estão com a doença. 708 destes possuem a hepatite B, que é transmitida por contato sexual ou sanguíneo. Outros 753 possuem a hepatite C, transmissível por via sanguínea através do compartilhamento de objetos cortantes com uma pessoa infectada", pontuou a enfermeira.
Ainda de acordo com ela apenas este ano, entre os meses de janeiro a junho, foram realizados 1.536 testes rápidos para diagnóstico da hepatite B e C. Dentre os exames, sete apresentaram resultado positivo para hepatite B e dois para hepatite C. 118 doses da vacina contra hepatite B também foram aplicadas pela equipe do programa.
Os pacientes cadastrados são acompanhados por uma equipe multidisciplinar formada por médico clínico, hepatologista, infectologista, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, assistente social e farmacêutico. "Além deste acompanhamento temos um serviço de coleta de exames laboratoriais para controle, incluindo serviço de avaliação da carga viral. A medicação também é dispensada pelo programa", afirma Telma Nandiara.

Sobre a hepatite:
Hepatite A
A hepatite A é uma infecção no fígado altamente contagiosa, provocada por meio fecal-oral, por contato com indivíduos ou por ingestão de água ou alimento contaminados pelo vírus. Dentre os sintomas é possível destacar náuseas, dor abdominal, perda de apetite e febre baixa, sendo possível curar naturalmente em até dois meses.
A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de saneamento básico e de higiene, como lavagem das mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas ou antes de comer e preparar alimentos. Lavar alimentos que são consumidos de forma crua e cozinhá-los bem, principalmente carne de porco, mariscos e frutos do mar.
"Muitas vezes o paciente não chega ao programa pois se curou sozinho, ou por não ter recebido diagnóstico", justificou Telma Nandiara.

Hepatite B
A Hepatite B é uma infecção no fígado facilmente prevenida por meio de vacina, que é oferecida gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS).
A doença é transmitida por contato sexual vaginal, oral ou anal sem proteção, ou por meio de contato sanguíneo com agulhas, seringas, ou materiais perfurocortantes contaminados com o vírus. Além disso é possível que haja o contágio da mãe para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação, caso a mulher esteja infectada.
Os sintomas são: dor abdominal, amarelamento dos olhos, fadiga, perda de apetite e entre outros.
O tratamento depende da gravidade. Em casos mais leves, a doença desaparece sozinha. Casos crônicos necessitam de medicação e, possivelmente, de um transplante de fígado.

Hepatite C
A hepatite C é uma inflamação no fígado causada por um vírus transmitido por contato sanguíneo, através de materiais cortantes contaminados como compartilhamento de agulhas ou de equipamentos de tatuagem não esterilizados.
O tratamento é feito com medicações antivirais e ainda não há vacina para a hepatite C, mas existe tratamento com altas taxas de cura.

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