Um
 projeto de pesquisa financiado pelo Edital de Inovação para a Indústria
 do Senai busca o desenvolvimento de um tecido de malha com propriedades
 antivirais que possa aumentar a proteção de máscaras e outros 
equipamentos de proteção individual. Tecidos desse tipo são chamados de 
funcionais, porque são fabricados com produtos químicos e materiais que 
acrescentam determinadas funções, como proteção contra raios 
ultravioleta ou ação antimicrobiana.

O projeto ocorre em parceria entre a empresa
 Diklatex, o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil 
(Senai/Cetiqt) e Bio-Manguinhos, cujos laboratórios têm sido usados para
 a realização dos testes. O coordenador da plataforma de Fibras do 
Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, Adriano Passos, 
explicou que, além da eficácia das substâncias usadas, outras questões 
importantes estão sob avaliação, como a toxicidade no contato com a pele
 e a durabilidade após lavagens.
"Não adianta matar o vírus e fazer mal ao 
ser humano. Então, estamos tendo todo esse cuidado", afirma Passos. Os 
primeiros testes já comprovaram a eficácia contra os vírus causadores da
 caxumba e do sarampo em ensaios in vitro.
No último dia 17, uma nova rodada de testes 
começou a ser realizada, desta vez em um laboratório com o nível de 
segurança exigido para pesquisas com o SARS-COV-2. O resultado deve ser 
divulgado até o fim de junho, mas Passos adianta que duas formulações 
testadas tiveram "performance ótima" contra o novo coronavírus.
A comercialização de tecidos com 
propriedades antivirais já é uma realidade e Passos acredita que a 
expansão dessa tecnologia pode ser uma tendência não apenas para 
serviços de saúde, mas para roupas e estofados de modo geral. "Nossa 
ideia é que isso seja uma solução para profissionais de saúde, mas que 
pode ser desenvolvida para o público geral". (Agência Brasil)

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