Depois
de vários meses extinguindo postos de trabalho por causa da pandemia do
novo coronavírus, o país voltou a criar empregos formais em julho.
Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da
Economia, 131.010 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos
no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e
demissões.



Essa foi a primeira vez desde fevereiro em
que o emprego formal cresceu. No acumulado do ano, no entanto, o mercado
de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia. De janeiro a
julho, foram fechadas 1.092.578 vagas, o pior resultado para os sete
primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, quatro
dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em julho. A
estatística foi liderada pela indústria, com a abertura de 53.590
postos. O indicador inclui a indústria de transformação, de extração e
de outros tipos.
Com 41.986 novos postos, a construção vem em
segundo lugar, seguida pelo grupo comércio, reparação de serviços
automotores e de motocicletas, com 28.383 novas vagas. Em quarto lugar,
vem o grupo que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e aquicultura, com 23.027 postos.
O único setor a registrar fechamento de postos de trabalho foi o de serviços, com a extinção de 15.948 postos.
Destaques
Na indústria, o destaque positivo ficou com a
indústria de transformação, que contratou 53.068 trabalhadores a mais
do que demitiu. Em segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu
888 vagas.
Os serviços tiveram desempenhos opostos
conforme o ramo de atividade. O segmento de informação, comunicação e
atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas
criou 22.208 postos. O setor de saúde humana e serviços sociais abriu
13.649 vagas.
Em contrapartida, o setor de alojamento e
alimentação continua a sentir os efeitos do isolamento social e fechou
24.949 vagas. O segmento de educação demitiu 19.010 trabalhadores a mais
do que contratou.
Desde abril, as estatísticas do Caged não
detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série
histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
Regiões
Todas as regiões brasileiras criaram
empregos com carteira assinada em julho. O Sudeste liderou a abertura de
vagas, com 34.157 postos a mais, seguido pelo Nordeste com 22.664
postos criados e pelo Sul com mais 20.128 postos. O Centro-Oeste abriu
14.084 postos de trabalho e o Norte criou 13.297 postos formais no mês
passado.
Na divisão por unidades da Federação, 24
unidades criaram e três extinguiram empregos com carteira assinada. As
maiores variações positivas ocorreram em São Paulo, com a abertura de
22.967 postos; Minas Gerais, 15.843 postos, e Santa Catarina, 10.044
postos. Os três estados que fecharam postos de trabalho foram Rio de
Janeiro, -6.658 postos; Sergipe, -808 postos, e Amapá, -142 postos. (Agência Brasil)
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