segunda-feira, 13 de julho de 2015

Desmotivado

       
  Perdoem-me a ausência, mas, sinceramente, ando desmotivado para escrever. É um trabalho inútil. Nos meus 35 anos de jornalismo sempre acreditei que poderia fazer a diferença revelando fatos, denunciando mutretas, alertando a população sobre arapucas armadas pelos políticos para prejudicar a todos nós em defesa dos seus interesses pessoais e mesquinhos, contribuindo com informações de utilidade pública, enfim, noticiando fatos, cumprindo com o papel da imprensa que, entendo, seja fiscalizar e denunciar, informar à população sobre fatos que interferem direta ou indiretamente na vida de todos. Não tem a imprensa o poder de solucionar problemas nem efetuar ações diretas, mas o fato de que as autoridades se sentiam intimidadas perante o trabalho da imprensa, faziam dela uma espécie de quarto poder. Mas agora isso mudou. Por diversas razões. Posso enumerar algumas. 1) A imprensa está totalmente vendida. Toda grande imprensa está dominada por grupos políticos, religiosos ou financeiros.  2) Mesmo os pequenos veículos de comunicação regionais ou locais, rádio jornal ou TV, está atrelado a interesses particulares. Em suma. Tudo que se lê, ouve ou vê, não corresponde totalmente à realidade. Restaria talvez o consolo de que nas redes sociais temos espaço para exercer um jornalismo imparcial e independente. Mas vejam, ninguém mais está se importando nem querendo ler nem se envolver com política. As pessoas perderam seu poder de indignação e reação e os políticos perderam totalmente a vergonha, e, consequentemente, o temor de que seus trambiques sejam expostos pela imprensa. Ninguém está ligando pra nada. É cada um por si e Deus por nós todos. Mas Jesus disse: Faz por ti que os céus te ajudarão. Então, não esperemos sentado por uma solução divina 

Porque ela não virá.

Livros
          Recebo convites para lançamentos de livros e fico pensando: É muita coragem, ou pretensão, sei lá, alguém ainda imprimir livros e promover lançamentos neste país de analfabetos e ignorantes. Mas, eu bem que iria, porém, minhas dificuldades de deslocamento, principalmente à noite, me impedem. Há ainda o fato de que eu não leio impressos. Com dificuldade, leio, muito lentamente, alguma coisa no computador. É um castigo danado para alguém como eu, viciado em leitura. Lia até bula de remédio. Mas eu às vezes vou, principalmente se for durante o dia, a lançamentos de livros, até mesmo para incentivar os autores e rever amigos.

Rejuvenesci
          Disse um dia desses a alguns amigos que, fosse eu ainda a metade do homem que já fui, estaria de arma em punho pronto para iniciar uma guerra civil neste país de bananas em que o Brasil se transformou. Mas, meio cego e aos 61 anos, isso já não é possível. Porém, dia desses, um jovem me fez rejuvenescer por alguns momentos, dizendo na cara da ‘presidanta’ algumas coisas que tenho vontade de dizer a ela. Dá-lhe, meu jovem!

Palhaço

          Até que me divirto ouvindo Silvio Luiz narrando futebol. Não que ele seja bom narrador, mas é um verdadeiro palhaço e me faz rir. Como o futebol virou mesmo um circo, nada melhor que um palhaço fazendo palhaçadas. Mas é só mesmo o que Silvio Luiz sabe fazer. Palhaçadas. Não dá pra levar ele a sério quando se trata de narrar de forma séria. Além do mais, ele não disfarça o preconceito contra o Nordeste e os nordestinos. Na transmissão do BA X VI, um dos grandes clássicos do futebol Brasileiro, ele fez piadas preconceituosas o tempo todo com os nordestinos, além de trocar, propositadamente, os nomes dos jogadores e até do árbitro da partida. Simplesmente, ridículo.

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