Antes de Bert
Hellinger mostrar para o mundo a “Constelação Sistêmica Familiar” ninguém tinha
tanta certeza da força viva dessa hierarquia. Poucos imaginavam que os
fragmentos de consciência dos nossos antepassados tivessem vida própria
independente da individualidade e espiritualidade de nossos pais, avós, e toda
linhagem familiar que nos antecedeu.
A Constelação
Familiar é algo novo, porém com fundamentos científicos comprovados.
A Constelação
Sistêmica Familiar não veio com o propósito de por em “xeque-mate” a espiritualidade
nem os laços cármicos e sim para mostrar que famílias são agrupamentos
hierárquicos vivos que vão além da consangüinidade de uma prole.
Para os que
acham que somos apenas espíritos encarnados em processo de evolução e que cada
um de nós é dono de seu próprio “carma”, vai ser difícil entender e aceitar a
força viva desses fragmentos conscienciais.
Não se
contesta a Lei do Livre Arbítrio, mas essa lei só é permitida dentro de um certo
limite de atuação o qual, atualmente, é conhecido como “Sistema Familiar”.
Todos nós
querendo ou não, vivemos dento de um sistema hierárquico tão poderoso que chega
até a gerenciar esse nosso “Livre Arbítrio”.
Esse tema até parece
um assunto novo, mas tudo indica fazer parte da cultura dos antepassados.
Quando alguém diz: “fulano puxou ao avô”,
essa frase é dita com tanta convicção que deixa claro que a força desse Sistema
Familiar já era conhecida desde há muito tempo, mas, só agora, os consteladores,
os espíritas, os apômetras e até estudiosos e cientistas perceberam essa força
hierárquica que monitora as famílias dos encarnados.
Muitas vezes
alguém busca ajuda espiritual em igrejas, em espaços holísticos e em grupos
espíritas e colhe poucos resultados satisfatórios pelo fato de sua vida ou sua
família não está em ressonância com sua hierarquia sistêmica familiar. Essa
hierarquia sistêmica familiar não aceita que alguém da família assuma um papel
destoante na composição do seu grupo familiar.
Uma pessoa que
encarnou em um agrupamento familiar, como filho, não pode assumir o lugar do
pai ou da mãe. Qualquer um pode chamar isso de preconceito ou ignorância, mas,
seja qual for a classificação, o “Sistema Familiar” não tolera quebra de
protocolo. Se fosse para alguém fazer o papel de pai ou de mãe, ele teria
nascido antes.
Também um
irmão mais novo não pode assumir o papel do irmão ou irmã mais velha. Se ambos
nasceram nessa condição era porque motivos não faltaram.
Os excluídos da
família, os rejeitados, os geradores de desafetos, os filhos especiais, com
síndromes ou doenças hereditárias, também têm uma história cármica monitorada por
esse sistema.
Qualquer um
que presencie os trabalhos de um “constelador” conduzindo uma “Constelação
Sistêmica Familiar”, vai se surpreender com as variantes do tema.
Nem tudo é dívida
de vidas passadas, nem tudo é culpa de obsessores, nem todos que nascem da
mesma mãe são irmãos.
Plagiando
Lucas na Parábola do Semeador, finalizo: “Quem
tem olhos para ver que veja, quem tem ouvidos para ouvir que ouça”.
Conrado Dantas
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