Dores nas articulações, febre repentina e falta de apetite têm sido as
queixas mais comuns de pacientes que procuram as unidades de saúde do
município. Nos últimos meses, a grande procura pelo atendimento nas
policlínicas e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) está associada aos
principais sintomas da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Somente de janeiro até a manhã desta terça-feira, 21, a Divisão de
Vigilância Epidemiológica (Viep) notificou 1.999 casos de dengue, sendo
605 confirmados – destes dois foram graves – e 584 casos de zika vírus. E
foram notificados 3.108 casos suspeitos da chikungunya, conforme o
boletim epidemiológico divulgado no dia 13.
Mesmo diante de um número expressivo de pessoas acometidas pelas
doenças transmitidas pelo aedes aegypti, que chegam às unidades de saúde
diariamente, médicos, enfermeiros e técnicos da Secretaria Municipal de
Saúde (SMS) têm assegurado a assistência necessária e adequada aos
pacientes. Para isso, passaram por treinamento e capacitações.
Ao dar entrada em uma das policlínicas, cujos serviços são de urgência e
emergência, o paciente passa por avaliação do enfermeiro, preparado
para identificar os sinais das doenças: se apresenta desidratação,
pressão baixa, vômito, dor abdominal, ausência de urina e plaquetas
baixas.
“Após a classificação de risco e a identificação se pertence ao grupo
prioritário, a exemplo de gestante, menores de 2 anos, diabético e
hipertenso – são pessoas que têm maior probabilidade do quadro evoluir
para as complicações - esse paciente é encaminhado para o médico de
plantão”, afirma a enfermeira da Policlínica Dr. Francisco Martins da
Silva, localizada no bairro Rua Nova, Flávia Moura.
ATENÇÃO BÁSICA
Contudo, a recomendação da SMS é que os usuários procurem uma UBS ou o
PSF já no primeiro atendimento para não superlotar as policlínicas. A
exceção é quando a necessidade pelo serviço ocorra no final de semana,
feriados ou à noite. “Orientamos as pessoas que procurem a Atenção
Básica, onde terá o acolhimento do profissional preparado para conduzir o
tratamento”, diz a enfermeira da SMS, Leilane Lacerda.
Durante o acompanhamento clínico ambulatorial, os pacientes são
submetidos a uma avaliação com o enfermeiro, na qual são solicitados
exames laboratoriais (hemograma). Depois ele é encaminhado ao médico da
sua área de abrangência.
A enfermeira da UBS da Rua Nova, Ivana Soares, afirma que ainda faz
parte do trabalho de rotina dos profissionais conscientizar os moradores
a combater o mosquito aedes aegypti. “Além desse aconselhamento,
falamos dos sintomas e diagnóstico das doenças que são transmitidas pelo
mosquito”, comenta. São ações realizadas em parceria com os agentes de
saúde.
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