terça-feira, 7 de julho de 2015

Salvador não é a Bahia. Exigimos satisfações

Quando menino ouvia meu pai dizer que eu ia estudar na Bahia. Naquele tempo Salvador era tão dominante que incorporava a designação do Estado; a parte, pelo todo.  Atualmente, falamos bem menos que vamos para a Bahia, mas é nítido que Salvador ainda é ensimesmada, que a administração é centrada na capital e que o restante do estado ainda é tratado de forma inadequada.
Talvez pela absurda concentração econômica, já que Salvador tem 25% da riqueza da Bahia, mostrando o grau de pobreza absurda de nosso estado depois de todas estas gerações de politicos que tivemos, mas o fato é que a capital guarda subliminarmente um comportamento dos tempos antigos. Isto reflete-se nas ações do governo, na imprensa, e no comportamento do Secretariado que não dá a devida atenção ao interior.
O fato pode ser medido  pelo número de secretários que vem a Feira, fora da comitiva do governador. Seis meses depois do ínicio do governo, dos 26 Secretários, apenas o de Saúde esteve aqui. O de Educação veio na posse do reitor e não em visita de trabalho. 
Feira exige a presença dos secretários de governo. Não queremos administradores de gabinete. Temos um polo industrial que precisa ser revitalizado, uma universidade federal que não se instala por falta de espaço; somos uma porta de entrada de drogas e cargas roubadas que exigem um policiamento diferenciado; temos uma universidade estadual que cancela um Festival de Violeiros e a Caminhada do Folclore sem que o Secretário de Cultura se manifeste. Dispensamos, apenas, o de Planejamento, João Leão, enquanto for alvo da Lava Jato.
Salvador não é a Bahia, senhores. Exigimos satisfações. 


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