quinta-feira, 30 de julho de 2015

Justiça plena

Esta semana, referindo-se à notícia de que o senador Romário teria dinheiro não declarado ao fisco, numa conta secreta no exterior, alguns profissionais da imprensa local agiram como juízes e júri do acusado. Com base numa denúncia não comprovada, feita através de uma revista de pouca ou nenhuma credibilidade, referiram-se ao fato como se já estivesse comprovado e colocaram Romário como réu já condenado. Faltou a eles o cuidado que todo comunicador deve ter de verificar, antes de comentar e julgar, se a denúncia é verdadeira. Mais tarde, já na Suíça, Romário enviava pela internet notícias de que constatara que o dinheiro não era dele e acusava a revista de ter forjado a matéria. Quem tem razão? Não sei. Necessita-se de provas. Por isso digo que sempre se deve ter estes cuidados com a informação. Palavras, depois de pronunciadas, são como penas soltas ao vento. Impossível catar todas de volta. E isso pode deixar uma marca indelével na reputação de um inocente.

Imprensa
         Eu já disse e repito constantemente, que toda grande imprensa está controlada por grupos políticos, financeiros e religiosos. Mesmo pequenos veículos de comunicação, estão atrelados a algum grupo financeiro ou doutrina política ou religiosa. Sempre foi assim, e sempre será. Mas, sempre se teve alguns cuidados ao lidar com as denúncias, porque elas podem não ser verdadeiras e assim manchar para sempre a reputação de pessoas inocentes e decentes. Isso mudou e a revista Veja não é exceção, aliás, é o maior exemplo do que digo. A Veja conquistou uma reputação de seriedade nas décadas de 70 e 80. Mas, a partir dos anos 90 perdeu totalmente a credibilidade por conta de suas matérias tendenciosas e denúncias vazias. Definitivamente, não dá mais pra confiar no que se lê ou ouve nos veículos noticiosos do Brasil. Melhor confiar no nosso bom senso e capacidade de entendimento.

Romário
         Nunca foi santo, mas, é um senador da república e tem tomado posições corajosas e desafiadoras contra a bandalheira e roubalheira que, como todo mundo sabe, grassa no futebol mundial e, principalmente, no Brasil. Se a denúncia contra ele for verdadeira, será uma decepção para mim, mas não uma surpresa. Afinal, eu conheço bem a natureza humana.

Fala governador
Após assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (30), os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc) - que formam as Ueba – decidiram que irão encerrar a greve da categoria, caso o governo assine a minuta de acordo entre ambos. Uma nova reunião está agendada para esta sexta-feira (31). De acordo com o termo, todas as promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho - paradas na SEC e SAEB - serão implementadas em até 60 dias e o quadro de vagas será alterado para garantir todas as promoções represadas e um fluxo em 2015, dentre outras reivindicações. Com a palavra o governador.

Nem tudo está perdido
         Falei aqui sobre a pouca ou nenhuma importância que hoje se dá a algumas coisas muito valorizadas antigamente, como educação, cultura e arte, entre outras. Disse também que gostava quando alguém vinha até minha casa para conversar sobre tais assuntos. Na oportunidade, também manifestei minha curiosidade se um poema de Rui Guerra seria ou não um soneto. E, ora vivas, eis que me acudiram diversos amigos a me esclarecer sobre o assunto. Não vieram à nossa casa, mas pelos bytes da internet. Assim, fiquei sabendo que se trata de um poema dividido em duas partes, composto juntamente com a canção Fado Tropical, utilizada na peça “Calabar. Elogio à traição”, cuja trilha sonora tenho em disco de vinil.  O poema é declamado dentro da canção. A primeira parte é em estilo livre, mas a segunda é realmente um soneto. Muito obrigado, meus amigos. Fizeram-me sentir vivo e esperançoso. Muito obrigado mesmo.

O poema. A quem interessar possa.
1ª parte (livre):
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo...(além da sífilis, é claro)*
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

2ª parte (soneto):
"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto

Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas o meu peito se desabotoa

E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa..."


Amigo é pra essas coisas
“Eu quero uma casa no campo onde eu possa plantar meus amigos, meus discos, meus livros, e nada mais”. Assim cantou o poeta.
Um dia eu também sonhei com algo assim. Mas, como disse Raul Seixas, “Sonho que se sonha só, é só um sonho”. Teimoso que sou, eu o teria realizado sozinho, ou melhor, com minha companheira Maura. Mas meus problemas de saúde me impediram. Mas se amigos tivessem compartilhado desse sonho, eu ainda o teria realizado, como fizeram quatro casais de americanos do Texas. Criaram uma vila sustentável onde vivem felizes e em paz.(Veja matéria) É viável, é saudável e prazeroso. Tudo que se precisa é estar aposentado e ainda em condições de saúde para realizar algum trabalho físico ou burocrático. É necessário também gostar do campo e de estar em contado com a natureza, retirando da terra o necessário para ter alimentação, saúde e conforto. Existem pequenas povoações de fácil acesso e comunicação até via internet. Não seria necessário fundar uma vila. Elas já existem. E para se estabelecer nelas o custo não é alto. Se alguém quiser compartilhar este sonho, tiver ideias, estou aberto a sugestões e propostas.

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Por hoje é só que eu vou ali sonhar com minha casa no campo, com carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim onde as aves gorjeiam 

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