Ao completar 75 anos de vigência no Brasil, o salário mínimo 
registra o maior poder de compra e pode ser considerado fator 
fundamental para a redução da desigualdade no país. A avaliação é da 
cientista política, historiadora e professora da Fundação Getúlio Vargas
 Dulce Pandolfi.
Ela lembrou que o salário mínimo foi 
criado pela Lei nº 185 de janeiro de 1936 e surgiu como um direito 
social em meio à chamada Era Vargas. No dia 1º de Maio de 1940, o então 
presidente Getúlio Vargas fixou os valores que começaram a vigorar em 8 
de julho do mesmo ano. A partir daí, começou a ser implementada uma 
legislação focada no trabalhador, que resultou na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), aprovada em 1943.
“Nos últimos anos, o país 
registrou grandes avanços. Na realidade, quando se fala que a 
desigualdade social diminuiu, a razão principal é ter um salário mínimo 
com poder de compra maior. O valor real dele aumentou muito. Claro que 
ainda temos uma quantia baixa, mas este é o período com seu maior poder 
de compra”, avaliou.
Dados do Departamento Intersindical de 
Estatísticas e Estudos Econômicos indicam que cerca de 46,7 milhões de 
brasileiros – entre empregados domésticos, trabalhadores rurais e 
beneficiários de programas sociais – têm como remuneração básica o 
salário mínimo.
O aumento real do mínimo, nos últimos 11 anos, 
segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, foi 76,5%. Com o valor 
fixado em R$ 788, a partir de 1º de janeiro deste ano, o poder de compra
 é estimado em 2,22 cestas básicas.
“É a maior média anual 
registrada desde 1979 e resume bem as conquistas de todos os 
trabalhadores brasileiros nos últimos 12 anos”, avaliou o ministro 
Manoel Dias, por meio de nota. “Mesmo diante do quadro econômico atual, 
são boas notícias, que merecem ser mostradas nesta data”, concluiu.
O
 ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel 
Rosseto, avaliou o salário mínimo como um extraordinário ganho para 
garantir renda básica aos trabalhadores e aposentados. “É um 
reconhecimento do trabalho e a preservação, portanto, de uma qualidade 
de vida básica”, disse. (Agencia Brasil)

 
 
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