quarta-feira, 8 de julho de 2015

DESOLAÇÃO

É nítida a queda de movimentos em bares, restaurantes e mercados de Salvador, dos mais simples aos mais sofisticados. O motivo é óbvio: a inflação jogando os preços para o alto, o salário perdendo poder de compra mensalmente e diversos outros custos como água, luz e impostos, subindo e sendo transferidos para os preços. Acabada a ilusão de uma economia forte e farta, que serviu para eleger e reeleger muita gente, a dura realidade cai sobre nossos bolsos.

O dia seguinte a um impeachment pode será o caos

Possíveis  efeito de um impeachment da presidente Dilma
É notório que não sou defensor deste governo  nem do anterior e muito menos do de FHC. Todavia, cabe pensar com calma diante do que nos traça o jornalista Luís Nassif (no blog Tribuna da Imprensa) como um possível “day after” de um hipotético impeachment da presidente Dilma. Vejamos: “Montando os Atos Institucionais e a lista de cassações, Costa e Silva chamou o Ministro da Fazenda Delfim Netto e indagou o que ocorreria se incluísse na lista o banqueiro Walther Moreira Salles.
Delfim disse que nada de mais. Haveria problemas com os bancos nova-iorquinos e europeus, sem dúvida. Também com a mídia norte-americana, já que Moreira Salles era amigo pessoal dos donos da CBS, do New York Times e do Washington Post. Fora isso, nada de mais.
A mesma coisa se sair o impeachment de Dilma. Pouca coisa mudará, com exceção das seguintes:
Do lado esquerdo, movimentos sociais, sindicatos e estudantes sairão às ruas protestando. Do lado direito, sairão os grupos vociferantes que dominaram as ruas nas últimas manifestações. Entre ambos, os inevitáveis black blocs e baderneiros em geral.”

Ainda sobre o impeachment (I)
Prossegue Nassif: “Para manter a ordem, governos estaduais darão um liberou geral para suas Polícias Militares. Dado o grau de exacerbação produzido pelo impeachment, as pancadarias de Curitiba parecerão bailes de debutantes perto do novo quadro.
A bandeira da anticorrupção será levantada em todos os rincões do país e se transformará em palavra de ordem. De nada adiantará Aécio Neves prometer blindagem para os políticos peemedebistas citados na Lava Jato.  Depois que Sérgio Moro provou o poder de um juiz de Primeira Instância – prendendo sem motivo aparente o presidente do maior grupo nacional – o exemplo se espalhará pelo país. Bastará o casamento de um juiz de primeira instância justiceiro com um procurador vingador para os mais poderosos se abalarem e os menos poderosos serem varridos do mapa.”

Ainda sobre o impeachment (II)
E tem mais: “Haverá uma caça às bruxas na qual grupos de extrema direita, a exemplo do antigo CCC (Comando de Caça aos Comunistas), sairão a campo para denunciar, prender e agredir os recalcitrantes. A enxurrada levará não apenas militantes petistas, mas quem ousar investir contra a onda.
Do outro lado, o sentimento de indignação e impotência poderá levar a atitudes radicais, como as que produziu o AI-5.”

Ainda sobre o impeachment (III)
O jornalista preconiza: “Lula não poderá sair sem escolta nas ruas. Mas Fernando Henrique Cardoso também não. O sentimento de ódio prevalecerá em todas as instâncias.
Em pouco tempo, os novos vitoriosos estarão se digladiando pelo botim. Eduardo Cunha e Renan Calheiros brandirão o tacape do controle das bancadas. E os jornais junto com o PSDB tentarão  carrear a vaga do denuncismo para o lado deles.”

Ainda sobre o impeachment (IV)
O conclui:“Pouco importa se a guerra quebrar grandes grupos, produzir estragos nos pequenos e médios, ampliar o desemprego e o descontrole. O que importa é o poder.
Quando o grau de fervura estiver insuportável, serão convocadas as Forças Armadas, para colocar um mínimo de ordem no caos produzido pela elite política. Dependendo do grau de conflitos, há a possibilidade de se invocar a Lei de Segurança Nacional, com desdobramentos sobre a mídia e sobre as redes sociais. E, se a bandeira anticorrupção estiver a pleno vapor ainda, não faltarão motivos para estender a longa mão de Moro sobre outros presidenciáveis e outros partidos.
Fora isso, nada de mais ocorreria em caso de impeachment.”
Valha-nos Deus, digo eu! Vixe!

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