Na reunião de negociação de quinta-feira (16), o Comando de Greve dos 
docentes apresentaria um documento reafirmando que a proposta feita pelo
 governo no dia 15 não contempla a contraproposta elaborada pela 
categoria no dia 6 deste mês. No entanto, o encontro não aconteceu. Ao 
verificar a presença, na sala de reunião, do movimento estudantil, que, 
além de apoiar os professores, reivindica pauta própria, o chefe de 
gabinete da SEC, Wilton Cunha, descumpriu um acordo firmado por ele 
mesmo durante a manhã. O Chefe de Gabinete da SEC afirmou que não estava
 autorizado a negociar com os discentes, e saiu do local. Também disse 
que a demanda dos alunos seria discutida em outro momento pela 
Secretaria das Relações Institucionais (Serin).
 Acordo descumprido
 No período da manhã, como mais um ato de protesto para pressionar para uma solução à greve, alunos e professores bloquearam os portões
 de acesso à Secretaria. Na ocasião, Wilton Cunha se comprometeu a 
receber também o movimento estudantil na reunião marcada para a tarde 
com o Movimento Docente (MD), caso os manifestantes liberassem a 
entrada. Para os professores, o não cumprimento do acordo reforça que o 
representante do governo não assume os compromissos firmados e não se 
mostra um negociador confiável.
 Diante à negativa do governo Rui Costa em agilizar o debate da pauta 
das categorias, e da tentativa de colocar o MD contra os estudantes, o 
Comando de Greve dos professores insistiu para que os alunos, ao menos, 
fossem ouvidos. Em respeito e solidariedade à reivindicação desses por 
políticas de permanência, os docentes tencionaram por algum tempo pelo 
retorno dos representantes de Rui Costa à sala de reunião. De maneira 
autoritária o coordenador de Desenvolvimento da Educação Superior, Paulo
 Pontes, reafirmou que não sentaria naquela mesa para discutir demanda 
estudantil.
 Docentes e discentes, na tentativa de avançar nas negociações, ainda 
aguardavam por um retorno do governo na sala de reunião, mas foram 
informados por um funcionário de que esta não seria realizada. À noite, 
com o intuito de intimidar os manifestantes e desgastar o movimento, um 
forte aparato policial foi utilizado na Secretaria, além da suspensão do
 uso dos banheiros. Questionado pelos docentes, Wilton Cunha informou 
que o acesso às instalações não estava impedido.
 Para o Comando de Greve, a não realização da mesa de negociação é 
reflexo do descaso deste governo com as Ueba e com os direitos 
trabalhistas dos servidores. Empenhada em garantir a continuidade das 
atividades acadêmicas e que as universidades cumpram com o papel de 
formar profissionais-cidadãos, os professores, com o apoio dos 
estudantes, se mantêm mobilizados e acampados na SEC, cobrando uma 
resposta imediata do governo.
 União – Todos à SEC
 Diante do cenário de greve há mais de dois meses, o descaso de governo e
 a ocupação da SEC, o Comando de Greve dos professores das Ueba chama 
toda a categoria e o Movimento Estudantil a participar e reforçar a 
ocupação na Secretaria Estadual da Educação. As negociações estão em um 
momento importante e todos são fundamentais neste momento de luta. Para 
que os interessados possam integrar o movimento, as Associações Docentes
 disponibilizarão toda a infraestrutura necessária. A hora é agora! 
Venha somar e fortalecer ainda mais a luta em defesa da universidade 
pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada. (ADUFS)
 
 
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