O secretário
de macroavaliação governamental do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo
Albernaz, disse hoje (14) que o tribunal não concluiu pela reprovação das
contas do governo da presidenta afastada Dilma Rousseff em 2014 “à toa”.
Segundo ele, mais de 50 auditores do tribunal fizeram as análises de maneira
técnica e chegaram, unanimemente, à conclusão de que o governo praticou “a
gestão mais temerária” das contas públicas desde a edição da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Falando não
só pelo Tribunal, mas por uma equipe técnica: não tem nenhum tipo de interesse
em afastar uma presidente. Isso não é atribuição de um auditor, não é nem mesmo
atribuição do Tribunal”, disse. Segundo ele, os auditores são concursados e têm
liberdade de opinião, o que não permitira que as conclusões dos relatórios
técnicos fossem influenciadas por razões sem fundamentação.
“O que nós fizemos foi um relatório escrito
por mais de 50 auditores que se baseou em achados que acabaram sendo
confirmados por mais de cinco acórdãos em 2014. E que se chegou a uma
composição de rejeição das contas do governo em 2014 não foi à toa. Foi porque
em 2014 nós tivemos a gestão mais temerária das contas públicas brasileiras
desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi editada”, completou.
Albernaz
respondeu à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que acusou os técnicos do
tribunal de produzirem um relatório extremamente crítico com o governo,
induzindo os ministros do TCU e a sociedade a acreditarem que a presidenta
Dilma Rousseff tinha praticado atos de improbidade. Agência Brasil
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