
Fim de linha
para Al Capone
Chega ao escárnio, a chacota, a fedentina de esgoto, a
situação da Câmara Federal. De um lado não consegue cassar o gangster-mor,
Eduardo Cunha. Seus asseclas sugeriram pena mais branda, manobraram, e Bacelar
(triste Bahia), propôs outro relatório. Enfim, tenta-se de tudo para manter seu
mandato. Por outro lado, a Câmara é presidida pelo ridículo Maranhão, mas
seus pares não aceitam que ele comande a casa. A que ponto chegamos: um
presidente que não consegue sequer presidir uma sessão, sendo apenas
decorativo. É o atestado de óbito da degradação institucional da Câmara dos
Deputados. Um circo intolerável.
Tia Eron
Com o voto decisivo para a cassação de Cunha a deputada desapareceu, não indo à
sessão e gerando especulações de todo tipo. Certamente está a receber os
agrados de Cunha e do governo e apostando que pode enfrentar a fúria da
população se votar contra sua saída. É um lucro que irá lhe custar muito
caro.
A voz rouca das
ruas
Ao que parece os políticos não estão
ouvindo a mensagem das ruas. Temer segue nomeando investigados e
denunciados da Lava Jato; o Congresso não consegue afastar Renan e Cunha; e o
governo, ao invés de reduzir gastos, aumenta. A cumplicidade com a banda
podre resulta da dependência para manter o impeachment, mas a população não
aceita mais que a política siga o mesmo ritual criminoso habitual. É bom
entender que não se fará mais política nos bastidores, sem a opinião da
população, sem as redes sociais. Quem não entender ficará para trás.
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