
É, ainda, habitado por um ser que apesar
das mudanças geradas pela epi-genética não mudou ou freou suas impulsões
freudianas. O que nos salva da mera barbárie é a
lei e/ou a fé. Não é a toa que Dostoievski no seu fenomenal Irmãos Karamazov
diz que se Deus não existe tudo é permitido.
Assim, cabe compreender porque nada do
que é humano nos é estranho, inclusive a usurpação do poder, os crimes, a luta
pelo empoderamento (esta palavra me desperta os instintos mais primitivos) das
minorias e a selvageria competitiva em todos os níveis.
Cabe ao contidos pela fé, lei, ou
cultura, entenderem que o mundo das vantagens ( viu trabalhadores franceses!),
das benesses, das vantagens pessoais ou de classe, não tem mais lugar, exceto
pela miséria do totalitarismo.
Diante da escassez de recursos x
crescimento populacional precisamos entender que a capacidade do governo não
será mais oferecer o leite e o mel, mas tornar-se tão eficientemente funcional
que garanta uma base de serviços desprovida de excessos, mas segura, organizado
e confiável. Antes que os novos bárbaros nos invadam.
Assim, o sistema educacional
universitário terá de cobrar dos estudantes com melhor perfil social- que seja
uma contribuição e não uma extorsão; o SUS não poderá continuar amplo,
universal, irrestrito, sem fator regulador; a previdência não poderá permitir
limite de idade de aposentadoria com 45 anos e que não acompanhe a expectativa
de vida, e por aí vai.
Isto é muito claro, porque é melhor que
tenhamos um sistema que garanta este padrão mínimo, mas eficaz, do que um
sistema com regalias que nunca se cumprem, se perpetuam na falência, nos frustra
e acaba nos saindo mais caro.
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