quinta-feira, 9 de junho de 2016

MARQUETISMO



Criei este termo, propositalmente pejorativo, para designar o que muitos chamam de “marketing político”, mas que, diante da arrasadora quantidade de mentiras que ele proporciona, desmoralizou-se. E agora, mais que nunca, pois a avassaladora quantidade de provas contra políticos ladrões de TODOS os partidos, levou ao ridículo os desmentidos em uníssono, repetidos como uma ladainha. Que fiquem atentos os marqueteiros: as velhas fórmulas foram, definitivamente, para o lixo.
Sem querer discutir filosoficamente o que pode ter representado o ”sheriff” nos EUA do velho Oeste, o cerne da questão é que a LEI vencia, em nossas brincadeiras. Hoje, em qualquer lan house, crianças brincam nos games e vibram a cada policial que matam. Inverteram-se os papéis.
Uma infelicidade para um mundo onde os pais que têm recursos não possuem mais tempo para dedicar-se aos filhos, e os pais miseráveis, no mais das vezes, estão no limiar do envolvimento com o crime, ou simplesmente ignoram o que seus filhos, às vezes gerados até quase uma dezena, fazem da vida, desde cedo.
É por essas e outras que presenciamos – e presenciaremos cada vez mais – situações dramáticas como a do garoto de dez anos fuzilado pela PM em São Paulo, após roubar um carro com um comparsa de onze anos.
Ora,ora. Um sujeito que defende Cunha condenando manobras! Era só o que faltava...
De uma coisa tenho certeza: na minha conta é que não estão. Hehehe...
Pergunto, agora, onde estão aqueles que dizem defender as crianças. Não querem que elas trabalhem, não querem que assuma responsabilidade criminal, mas fazem vista grossa diante do infanticídio. Quanta hipocrisia!



"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)

No tempo em que éramos crianças, éramos crianças. E tão somente isso...
Quando eu tinha por volta de 10, ou 12 anos, brincava muito de caubói. Minha mãe me presentava com revólveres de brinquedo da Estrela, devidamente municiados com espoletas. Juntos convizinhos amigos, criávamos situações de conflito e sempre quem vencia era a lei, o xerife clássico.

Espantoso cinismo, meus caros!
Em meio a todo esse imbróglio envolvendo o mafioso Eduardo Cunha, consegui ficar espantado. Foi quando, dias atrás, o advogado deste cidadão bradou, com aquela cara de quem quer fazer crer que está “falando sério”, que não admitiria MANOBRAS.

A bem da verdade...
Inspirado em Ricardo Boechat, gostaria de saber o seguinte: se Aécio, Cunha, Renan, Dilma, Sarney, Collor, Lula et caterva estão, todos, sendo vítimas de uma complô de mentiras para arrasar com suas ”ótimas” reputações, para onde foram as centenas de milhões roubados da Petrobras?

Ainda sobre o infanticídio (I)
Longe de mim, claro, querer culpar a vítima. Mas a degradação total da chamada educação doméstica, aliada à miséria absoluta que invade cada vez mais lares neste País – ao contrário do que apregoam, ou apregoavam, os populistas -, está destruindo não só a nossa juventude, que morre como moscas sob balas da Polícia e dos bandidos, como também começa a dizimar as crianças. Isto, senhores, definitivamente NÃO É uma nação.

Ainda sobre o infanticídio (II)

Os policiais, no caso de São Paulo, torturaram psicologicamente e agrediram fisicamente a criança sobrevivente, para gerar um depoimento esdrúxulo, diante do fato consumado de terem tirado a vida de uma criança.

Nenhum comentário: