terça-feira, 7 de junho de 2016

PODEROSO!

A investigação sobre o presidente do Grupo Bradesco não mereceu uma palavra sequer na Rede Globo nem na Record. Somente a Band e o SBT tocaram no assunto que, por sinal, já morreu. Uma prova do imenso poder que os bancos, notadamente este em pauta, têm sobre parte da mídia neste país, para não falar no poder direto em relação aos governos. E viva o dinheiro!

Por que o presidente interino escolheu tanta gente sob suspeita para seu ministério?

Temer apostou na impunidade ou fez uma grande manobra escolhendo ministros suspeitos?
Fica difícil entender quais as razões que levaram o presidente interino, Michel Temer, a escolher um time de ministros onde pelo menos oito estão sob investigação, acusados de corrupção. Assim, ele já amargou a queda de dois, devido a delação premiada, e agora se vê na iminência de trocar pelo menos mais três ou quatro.
Confesso que sou ingênuo em relação às tramamóias típicas do chamado jogo político, mas tenho duas suspeitas: Temer apostou na impunidade ou simplesmente fez um time para agradar os partidos numa primeira instância e, agora, depois do trem da alegria com a criação de 14 mil cargos e aumento de salários do funcionalismo federal, resolveu rearrumar seu ministério.
Qualquer que tenha sido o motivo, não resta dúvida de que o desgaste é enorme, para não falar no que está por vir com as bombas previstas para novas deleções premiadas, como a da família Odebrecht e de Léo Pinheiro, da OAS. Difícil...

Passarinho cantou feio
Morto anteontem, de causas naturais, aos 96 anos, Jarbas Passarinho foi elogiado e sua morte lamentada por diversas autoridades. Não foram poucos os que, como o presidente interino Temer, disseram que ele foi excelente para o País.
Sem querer tripudiar sobre mortos, faço questão de lembrar aqui o que Passarinho disse, ao assinar o terrível AI-5, ao então presidente Costa e Silva, defendendo a repressão total: “Senhor presidente, às favas os escrúpulos de consciência”. Pois é...

A crise acabou, senhores?
É impressionante a mudança verificada em alguns noticiários da TV, notadamente o Fantástico, da Globo, depois da posse de Michel Temer.
Até 24 horas antes do início do processo de afastamento de Dilma (muito justo, a meu ver), esses programas alardeavam a teremenda crise. O Fantástico, então, era tomado por longas matérias de denúncias. Agora, virou uma revista de fim de semana, no mais autêntico estilo Ti, Ti, Ti.

Bezerra,sempre muito atual (I)
Vamos lembrar aqui uma letra do inesquecível Bezerra da Silva, que continua tendo tudo a ver com a nossa realidade: “Para tirar meu Brasil dessa baderna/Só quando o morcego doar sangue/E o saci cruzar as pernas”

Bezerra,sempre muito atual (II)
Segue Bezerra: “Toda nossa esperança é somente lembrança do passado/A alta cúpula vive contagiada pelo micróbio da corrupção/O povo nunca tem razão,  estando bom ou ruim o clima/Somente quem está por cima é a tal dívida externa/E o malandro que faz aquele empréstimo/E leva os vinte por cento dela para tirar!”

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