Menos de uma semana depois de ser
eleito para um quinto mandato, o presidente da Fifa, o suíço Joseph
Blatter, de 79 anos, anunciou nesta terça-feira que vai deixar o cargo
quando forem convocadas eleições extraordinárias antecipadas para
substituí-lo.
Espera-se que o congresso extraordinário que vai
eleger o sucessor de Blatter aconteça entre dezembro deste ano e março
do ano que vem. Até lá, ele deve permanecer no cargo.
O pedido de
renúncia ocorre em meio a investigações, pelo Departamento de Justiça
americano, de um amplo esquema de propinas envolvendo altos dirigentes
da entidade, no mais grave escândalo de sua história. Sete executivos da
entidade foram presos, entre eles o brasileiro José Maria Marin,
ex-presidente e atual vice da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Blatter
não foi citado nas denúncias do governo americano, mas vinha sendo
pressionado a deixar o cargo, que ocupa há 17 anos. E seu braço direito,
Jerôme Valcke, foi mencionado nas investigações, segundo reportagem do New York Times.
Nesta terça-feira, pouco depois do anúncio do suíço, a rede de TV
americana ABC News afirmou que o agora ex-presidente da Fifa também está
sendo investigado pelo FBI.
"Meu mandato parece não ter o apoio
de todo mundo", disse Blatter em entrevista coletiva nesta terça-feira.
"Pensei profundamente sobre a minha decisão. Prezo e amo a Fifa e só
quero fazer o melhor. A Fifa precisa de uma reestruturação profunda."
A
renúncia marca o fim de sua era como o homem "intocável" na Fifa, que
se manteve por tanto tempo no poder apesar de suspeitas de más práticas
envolverem há anos a entidade máxima do futebol. (BBCBrasil)
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