Segundo ela, o número de registro de infectados não tem aumentado só por
conta da testagem maior, mas também porque há muitos casos na cidade,
muitos deles comunitários.
“A gente não tem um quantitativo de quantos testes estão sendo feitos em
laboratórios privados porque eles nos enviam diariamente apenas as
análises positivas. Então, temos apenas o número de pacientes com casos
positivos, destes exames que estão sendo realizados. Em relação aos
exames dos serviços públicos, estamos coletando uma média de 50 exames
por dia, que é considerada uma quantidade alta, e estamos fazendo no
máximo de pessoas possíveis dentro dos critérios estabelecidos”,
informou.
O prefeito Colbert Martins completou a informação da médica, afirmando que Feira de Santana é uma das cidades que mais testam.
Entre os laboratórios particulares, só o Instituto de Hematologia e
Hemoterapia de Feira de Santana (Hief), por exemplo, tem realizado cerca
de 200 testes por dia, entre os testes de sorologia e os testes de
pesquisa.
“Esse aumento no número de casos em maio, tanto se deve ao momento
epidemiológico que vivemos, quanto a maior quantidade de testes já
realizados, não só pelo município como laboratórios privados, que estão
aí contribuindo nesses casos de diagnóstico laboratorial. E, além dos
critérios realizados pelo Lacen, que a gente faz a coleta e encaminha
pra lá, fizemos também parceria com o Instituto de Virologia da Ufba, e
também estamos encaminhando os pacientes que achamos necessários para a
realização dos exames lá. É uma tentativa de ampliar, dentro da nossa
possibilidade, a testagem da população”, explicou a infectologista.
Locais de contaminação
Locais de contaminação
Quando um paciente tem a confirmação que está com covid-19 passa por um
detalhamento completo feito pela Secretaria Municipal de Saúde em busca
de informações sobre como a pessoa foi infectada, onde e por quem. No
entanto, a cidade já conta com transmissão comunitária, e segundo a
infectologista, muitas pessoas têm contraído a doença por conta de
descuidos. Ela também destacou o crescimento de casos entre os mais
jovens.
“Nós coletamos dados de todos os pacientes que confirmam positivo e,
detalhadamente, buscamos um vínculo epidemiológico, contato com algum
caso positivo ou locais por onde que eles circularam. Quando não tem
vínculo, é considerado transmissão comunitária, e temos muitos casos
assim e vimos esse aumento de número de casos, exatamente nesse período
que começou haver transmissão já sustentada no município. Muitos casos
me chamam a atenção. Por exemplo, eu tenho paciente de 24 anos que está
internado sem nenhuma comorbidade em uma unidade privada da cidade e eu
perguntei para ele: você estava fazendo o isolamento? Está trabalhando?
Não, não estou trabalhando. Estava fazendo o isolamento? Eh... não
muito. Então a gente vê um crescimento principalmente na faixa etária de
20 a 50 anos. As pessoas precisam ter a consciência de que um
isolamento não é para sair para um jogo de futebol, juntar 100, 150
pessoas, não é para reunir as pessoas e ficar aglomerando. Então, o
fator principal disso, não é o trabalho que a pessoa está realizando e
sim a falta de cuidado no momento que está circulando em geral ou em
lazer, às vezes até sem necessidade”, concluiu. (Acorda Cidade)
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