sexta-feira, 5 de junho de 2020


Please don’t go
Minha memória volta e meia me deixa na mão. Esqueço coisas que nunca poderia esquecer. Daí que vivo fazendo exercícios de memória, buscando velhas estórias, coisas que se passaram comigo, datas aniversárias, escalações de equipes de futebol, vale tudo só pra manter a memória em atividade. E foi num destes momentos que me lembrei da reação de Chico Anísio quando soube que na Bolívia havia um clube e futebol de nome Blooming (florescência). E comentou: Ter um clube de futebol na Bolívia chamado Blooming, é o mesmo que ter um na Inglaterra chamado “Los Furiosos de la Pelota”! Pouco tempo depois eu viajava de ônibus para Itaberaba, e ao chegar à ponte sobre o rio Paraguaçu, deixamos a Br-116 e pegamos a rodovia Lomanto Júnior. Pouco depois o ônibus entrou à direita e foi até o povoado de Argoim, onde parou para deixar e apanhar passageiros. Eu olhei pela janela e vi um bar onde estava escrito com todas as letras na fachada: Bar Please Don’t Go (Por favor não vá), música de muito sucesso nos anos 80. Cá comigo pensei: Ter, no Argoim, um bar chamado, please don’t go, é o mesmo que ter um pub na Inglaterra chamado Boteco do Vital. E ri muito.
Aplausos
         Eu gosto de observar o comportamento humano, porque me divirto muito e descubro coisas. Por exemplo, o péssimo hábito de pessoas que, quando ficam sem argumentos, diante de uma troca de opiniões, leva a conversa para o lado da galhofa, fazendo todo mundo rir e encerrando a conversa, só para não se dar por vencido. E o pior é que as pessoas esquecem o que estava sendo discutido e fica por isso mesmo. E assim, aprendemos menos do que poderíamos, se a discussão chegasse a algum termo. Outro comportamento curioso e que me deixa intrigado é quando estou assistido a alguma apresentação musical. Assim que o artista começa a tocar uma música, e antes que se saiba se a performance dele foi boa ou não, todo mundo aplaude. E fico me perguntando: Afinal eles estão aplaudindo a música ou o artista?

O segredo do sucesso
         Poderia ser também o segredo da vida, da felicidade, da fortuna, ou sei lá mais o que. A verdade é que todo mundo vive esperando que alguém lhes dê de mão beijada uma fórmula prontinha para alcançar seus objetivos. Ninguém quer se dar ao trabalho de estudar, raciocinar, buscar as soluções para resolver os problemas que a vida lhes apresenta. Aí rezam, choram, imploram, maldizendo a má sorte, mas nem por um minuto tentam, elas mesmas, encontrar a solução. Os maçons têm uma predileção pelo Salmo 133 (Oh! Quão bom e quão suave é, que os irmãos vivam em união), que eu nunca havia entendido a extensão da sua importância, até que vi este vídeo que uma amiga me enviou. Assistam, e deixem de procurar fórmulas mágicas para encontrar respostas para suas perguntas:


Acreditar e entender
         Certa vez, numa conversa sobre religião, uma amiga tentou matar a conversa sentenciando: “A gente tem que acreditar”! Entre “acreditar” e “entender”, eu vou pela segunda opção. E foi o que pautou a minha vida. Nos meus 35 anos como jornalista, se eu recebia uma informação, eu procurava as fontes adequadas (pessoas envolvidas, jornalistas mais imparciais, livros, revistas, coleta de opiniões etc. Eu só divulgo um fato, se eu tiver antes verificado a possibilidade de ser verídico. É essa capacidade, esse conhecimento, que nos dá segurança para afirmar as coisas que sabemos e assim ganhar credibilidade. Nem em Deus eu acredito. Eu… entendo. E estudei muito para isso. Então, eu “SEI” que Ele existe, e não apenas acredito sem ter certeza. Vá por aí que você corre menos risco de errar.

Democratas?
         Eles são poucos, mas muito intolerantes, barulhentos e agressivos. Preferem sair à noite, vestem-se de preto e usam máscaras. Dizem-se democratas, mas só respeitam a opinião do próximo se for a mesma deles. Caso não seja, o acusam de ser ditador, nazista, fascista, e a maioria deles sequer sabe o significado dessas palavras. Mentem, caluniam, xingam, mas se dizem vítimas e acusam aos outros de ser o que, na verdade, eles o são. Vejam eles em ação. Os inocentes úteis dos esquerdopatas:

Dica musical
A minha dica musical desta semana é Juca Chaves com a música Sentir-se Jovem, onde ele fala dessa gente que fica buscando aparência de jovem depois de madura. Culpa a idade por não fazer certas coisas que poderiam fazer se realmente desejassem; ficam obcecadas em parecer jovens; roubam sonhos de adolescentes, enfim, tentando ir contra as leis naturais da vida, como quem busca segurar as rédeas do tempo, não percebem o quanto ficam ridículos. “Velhice não é desculpa, idade não é culpa, nem mesmo juventude é profissão”. Click no link  e confira
Philosopher
“A beleza está na mistura e convivência de todas as cores e formas. Assim é para as ideias e as peles. O resultado é a Democracia. Conviver com as divergências faz bem e é sabedoria”. (Alexandre Garcia, jornalista)

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Por hoje é só que agora eu vou ali curtir o segredo da vida. Ou da felicidade. Tanto faz.

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