A Universidade de São Paulo (USP) está
desenvolvendo novos reagentes para testes de infecções pelo coronavírus.
A proposta dos pesquisadores é facilitar e agilizar os procedimentos de
testagem, além de criar alternativas que aumentem a demanda oferecida no país.
A pesquisadora do Centro de Pesquisa sobre o Genoma
Humano e Células-Tronco da USP, Maria Rita Passos, explicou, em entrevista ao Jornal
da Manhã da Jovem Pan desta quinta-feira (11), as vantagens do projeto, que
está em fase de desenvolvimento e validação. Entre elas está a possibilidade de
auto coleta das amostras.
Maria Rita afirmou que o pesquisadores estão
trabalhando em conjunto com o Instituto de Química para a produção de reagentes
necessários para a realização dos testes rápidos. Atualmente, esses insumos são
importados de países como a China, o que acaba criando uma dependência e
limitando a capacidade de testagem do Brasil.
“A vantagem é que passamos a ter autonomia para
realização dos testes sem depender de importação. Atualmente, um fator
limitante é que pode demorar de 30 a 60 dias para ter o reagente [importado].
Isso complica em uma situação como a presente, em que precisamos dos testes
sendo fornecidos de maneira contínua e com alto volume”, explicou.
Passos também ressaltou que os pesquisadores buscam
a padronização da coleta de saliva para a realização dos testes rápidos.
Segundo ela, atualmente, “o que está padronizado é a coleta com o cotonete no
nariz ou na garganta para fazer a detecção do vírus”. No entanto, a mudança
proposta facilitaria a testagem e permitiria até mesmo a adoção de auto coleta,
ou seja, o próprio paciente poderia coletar sua saliva e enviar o tubo para o
laboratório.
A próxima etapa da pesquisa é definição da
capacidade de produção dos novos reagentes. No momento, os pesquisadores estão
focados para “fechar todos os parâmetros” e garantir que eles têm “controle
absoluto” do estudo antes de iniciar a produção em larga escala. (Jovem Pan)
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