Órgãos de
saúde internacionais vêm emitindo alertas a pessoas viajando para o Brasil por
causa da prevalência de doenças como a dengue e, desde o final do ano passado,
o vírus zika.
Mas, na
opinião de cientistas ouvidos pela BBC Brasil, o surto dessa nova doença revela
uma mudança de realidade sanitária: por uma combinação de fatores que causou
sua ascensão no cenário internacional na última década, o país está muito mais
exposto à chegada de enfermidades do que no passado.
O argumento é
que zika é um perfeito exemplo do aumento na vulnerabilidade brasileira para
mazelas "desconhecidas".
Apesar de não
ser o único país do mundo atingido pelo vírus que durante anos esteve
"dormente" na África, o Brasil apresentou, segundo especialistas, um
cenário mais favorável para seu alastramento e que vai além de uma prelavência
forte do mosquito Aedes aegypti em território nacional.
Nos últimos
anos, o crescimento econômico do Brasil foi acompanhado por um aumento na
chegada de turistas e imigrantes. O país ficou bem mais inserido no mundo
globalizado, cujo ápice se deu com a realização da Copa do Mundo e das
Olimpíadas.
Estudos da
ONU mostram, por exemplo, que o número de viajantes internacionais saltou de
227 milhões de pessoas em 1980 para mais de 1 bilhão em 2012.
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