
Em seguida o deputado Zé Neto entrou no
ar para explicar que “lá em Salvador houve diálogo, e foi firmado um termo de
compromisso de que as árvores seriam replantadas”. Dito isso, ele tentou mudar
o foco da discussão sobre as árvores, para falar do projeto do BRT, o que
Barbosa, sabiamente, não permitiu. O deputado então voltou a insistir na
questão da falta de diálogo com o prefeito José Ronaldo. Mas, como todos podem
notar, com ele é difícil dialogar. Só tem monólogo. E com o prefeito José
Ronaldo, do meu ponto de vista, nem monólogo ele vai ter. Explico:
Quando da primeira campanha para
disputa da Prefeitura de Feira de Santana, em que participaram Zé Ronaldo e Zé
Neto, entre outros, lá pelo ano 2000, Zé Neto entrou de cabeça com seu jeito moleque
de ser, usando golpes baixos, termos chulos e agredindo a honra de Zé Ronaldo.
Em resposta, o candidato se calou e a partir de então não aceitou mais dialogar
com o candidato do PT, recusando-se, inclusive, a responder ou fazer perguntas
a ele durante os debates na imprensa. Ali Zé Neto perdeu qualquer chance de
diálogo com Ronaldo.
Eleito prefeito, Ronaldo manteve sua
posição de não dialogar com Zé Neto, mesmo sendo ele nomeado líder do governo
do Estado na Assembleia. Frustrado em suas tentativas de se fazer porta voz do
governador junto ao prefeito, Zé Neto buscou outras formas de se fazer
reconhecido como tal em Feira de Santana, usando os veículos de comunicação
para mandar seus recados, mas sem muito sucesso.
Por várias vezes ele tentou montar um
governo paralelo em Feira de Santana, também sem sucesso, até porque a população
nunca foi atendida pelo governo do Estado nas suas principais aspirações. O
governo do Estado aqui só faz o que quer e bem entende, como ficou evidente
quando em uma das campanhas eleitorais, a população solicitava um hospital para
queimados, e o governo embirrou de fazer (e fez, embora subutilizado) o
Hospital da Criança, para desqualificar o hospital infantil que o governo
municipal construiu e que os membros do governo do PT chamavam de “puxadinho”.
Antigas aspirações da população, como o
Polo de Logística, o Centro de Convenções, a efetiva implantação da Região
Metropolitana de Feira de Santana, nunca saíram do papel, embora prometidas.
Até mesmo o aeroporto, reformado e posto para funcionar, é uma vergonha para a
cidade. E esta situação já se arrasta há mais de uma década.
Mas não é por falta de diálogo não. É o
estilo PT de fazer política. Mentir, prometer e não cumprir. Mas se o
governador quer mesmo dialogar com o prefeito (esse prefeito), vai ter que
nomear outro interlocutor. Tenho certeza que, pelas razões expostas, com Zé
Neto nunca haverá diálogo.
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