segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Por que terminamos usando gasolina se já tínhamos carros elétricos e a vapor?

Os veículos elétricos estão hoje na linha de frente da batalha do século 21 para decidir como serão movidos os carros do futuro.
E ainda que os rivais tenham pilhas de combustível, energia solar, biocombustíveis e gás liquefeito, os elétricos têm boa chance de ganhar.
São suaves, silenciosos, limpos, modernos... modernos? Voltemos uns 100 anos.

Este é um carro elétrico de 1915, um dos cerca de 40 mil produzidos em Detroit (EUA) pela empresa americana Anderson Electric Car Company, entre 1906 e 1940.
Alcançava velocidade máxima de 40 km/h e andava por até 80 km antes de demandar recarga de suas baterias de chumbo.

Nunca satisfeito
Muitos acreditam que veículos elétricos sejam produto do mundo tecnológico atual, mas esses veículos já eram a opção de muita gente nos EUA no começo do século passado.
E não apenas nos EUA.
Na verdade, o primeiro homem que superou os 100 km/h realizou a façanha em Acheres, perto de Paris, em um veículo elétrico de desenho próprio. O nome do motorista era Camille Jenatzy e o carro era o "Jamais Contente".
No entanto, como hoje, não estava claro naquela época qual método de propulsão impulsionaria o carro do futuro. O carro elétrico estava sob pressão nessa competição.

A todo vapor
Os automóveis de vapor funcionavam de forma similar a qualquer outra máquina a vapor. A água fervia ao calor de bicos de querosene e o vapor era forçado a entrar em cilindros onde empurrava pistões, que faziam girar um eixo que movia as rodas.
Isso era tudo o que queríamos de qualquer fonte de potência: um eixo giratório.
A possibilidade de explosões preocupava, mas a energia do vapor era uma velha conhecida, em quem as pessoas confiavam.
Havia acompanhado a industrialização desde o século 18 e havia tornado possível o "milagre" dos trens.
O vapor era algo que as pessoas entendiam. Além disso, uma máquina a vapor funcionava com quase qualquer coisa que queimasse. Esse recurso parecia não apenas o passado, mas também o futuro.

Mudanças no horizonte
Os carros a vapor começaram então a superar os elétricos em vendas nos EUA.
Mas já se via em seus retrovisores, aproximando-se em alta velocidade, o rival que estava destinado a dominar o mundo.
Este é um Motorwagen, considerado por alguns como o "verdadeiro primeiro carro do mundo". Funcionava com gasolina.
Em 1885, quando Karl Benz ligou o motor de seu Motorwagen pela primeira vez, descreveu o som que fazia como "música do futuro".
E ele tinha razão: se a música do século 20 tem uma nota dominante, é a do motor de combustão interna.
 Click no link e continue lendo no BBCBrasil


Nenhum comentário: