
Tudo bem que o brasileiro (notadamente o baiano) adore Carnaval. Mas o
que as emissoras de TV fazem com o telespectador mais equilibrado é
dose! Até ontem, era Carnaval dia e noite, com desfiles, lembranças,
fofocas. Meu Senhor do Bonfim, quando é que esta terra vai voltar ao
sério, enfim? É demais...
Brasileiro só fecha a porta depois de roubado (dito popular)
O combate ao mosquito e os inseticidas. Polêmica.
De repente, não mais que de repente, as autoridades de saúde públicas
brasileiras acordaram com o mosquito da dengue picando suas mentes e
decidiram realizar um mutirão, inclusive usando as Forças Armadas, para
“acabar” com o inseto transmissor.
Este repentino surto de ação profilática não tem base no sofrimento
da população (e veremos por que em notas subsequentes), mas sim, claro,
na ameaça internacional, cada vez mais forte, de ausências
significativas na Olimpíada do Rio, para não falar até na possibilidade
de cancelamento do evento.
No bojo desta ação, está o uso indiscriminado de inseticidas, alguns
deles sob suspeita de fazer grande mal à saúde humana e, pasmem, até
mesmo de serem um dos agentes, IRONICAMENTE, a microcefalia. No Rio
Grande do Sul, a aplicação foi suspensa.
Pois é. Não podemos combater um mal, terrível de verdade, usando
venenos que podem causar outros males. Deveria haver um mínimo de
responsabilidade. Mas esta é mercadoria difícil neste país...
Ainda sobre inseticidas (I)
Nunca é demais lembrar que o inseticida é um veneno cuja ação é matar um organismo.
A diferença entre um mosquito e um ser humano é o tamanho. Nada mais
que isso. Ou seja, algo que mata um ser vivo, mesmo minúsculo, pode
também matar – ou, no mínimo, fazer mal – a um ser humano. O resto é
papo furado de laboratórios que querem ganhar fortunas e governos que só
agem na última hora.
Ainda sobre inseticidas (II)
Assim está, também, a verdadeira febre (êpa!) de compra de repelentes e inseticidas domésticos nas farmácias e supermercados.
De repente, venenos que eram usados com o máximo cuidado passaram a formar nuvens dentro dos lares. Em perigo!
Ainda sobre inseticidas (III)
Enfim, o maior exemplo de que o governo nunca esteve nem aí para
assistir à população (sempre apontada como o maior culpado pelo surto
infernal que domina o País) são a falta de kits para exames que detectam
o zika vírus e as péssimas condições de atendimento na maioria dos
hospitais da rede pública. No Rio, por exemplo, há denúncias de pessoas
que esperaram mais de QUATRO horas para serem atendidas, e ainda sob um
calor infernal.
E por falar em saúde pública...
Certa vez – nunca me canso de lembrar aqui -, o ex-presidente Lula,
em campanha para o segundo mandato, disseque a saúde pública no Brasil
estava se tornando “algo do Primeiro Mundo”. Bem, hoje, faltam médicos,
medicamentos, equipamentos e até mesmo vacinas, as mais primárias. Só
quem pode pagar caro é vacinado, em clínicas particulares. Isso é Haiti,
senhor Lula!
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