terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

E AÍ?

Impeachment, sítio, apartamento no Guarujá, resistência cínica de Eduardo Cunha, ufa! E por quantas andam outras coisas sérias, como, por exemplo, a redução da maioridade penal? Este país é mesmo uma piada, com a explícita colaboração de uma população eternamente carnavalesca: esquecemos (lá eles!) tudo de sério para ficar patinando em baboseiras, traições e conchavos. Mas se tem que ser assim, que seja!

Sinceramente, estou cansado de criticar o óbvio. Mas... É a profissão.

Cresce a geração dos idiotas de cabeça baixa. É a humanidade...
Prédio onde resido, 7h30 da manhã, o elevador (finalmente!) para no meu andar e eu, claro, entro. Apenas uma pessoa a bordo. Uma mocinha de cabeça baixa, absorta e manipulando um desses smartphones, entre mil mensagens, entre mil sorrisos idiotas e, pasmem, até o ensaio de uma gargalhada.
Por mais que isso esteja se transformando em algo cada vez mais comum, chego a me espantar. Acho que estou diante de um zumbi. Mas logo concluo: é mais um exemplar que se acha homo sapiens, mas que não passa de um indivíduo da geração da cabeça baixa, ou, como disse Einstein, pelo menos seis ou sete décadas atrás: “Quando a tecnologia DOMINAR as relações humanas, teremos uma geração de idiotas.”

Ainda sobre os idiotas (I)
Já disse aqui, e repito: não sou retrógrado, nada tenho contra um dos maiores avanços tecnológicos dos últimos tempos, que é a internet, fonte inesgotável de informações etc. e tal.
No entanto, as empresas de redes sociais e os fabricantes de smartphones, claro, não poupam ninguém. E estão fabricando a grande geração dos idiotas.

Ainda sobre os idiotas (II)
O problema, aliás, não está na tecnologia, mas sim no que ela, à medida em que se populariza, acaba por revelar: a esmagadora maioria da humanidade é composta por oligofrênicos (como sempre disse meu amigo Tony Pacheco) e, assim, embebedam-se no mar de mensagens que mostram o que você está comendo, quem você está comendo e coisas que tais.

Ainda sobre os idiotas (III)
Ninguém conversa mais p... nenhuma. Todo mundo se debruça (sem notar que a cabeça, que pesa em média cinco quilos, força estupidamente a coluna cervical) sobre um aparelhinho bizarro, onde as coisas mais bizarras desta sociedade bizarra circulam, com ares de “informação”.

Ainda sobre os idiotas (IV)
Sinto muito se estou  “enchendo o saco” dos leitores, mas ainda bem que é na forma de literatura. Portanto, podem parar de ler a qualquer momento e nem pensem em responder.
A questão é que a difusão mundial da informação está, sim, proliferando a imbecilidade.
Aliás, permitam-e, lembro do tempo em que músicos como Pinkl Floyd, The Who, Rolling Stones, Raul Seixa, Mutantes etc., levavam messes para lançar um disco e nós, pobres coitados analógicos, aguardávamos com ansiedade. Hoje, qualquer gritinho histérico em cima um trio elétrico vira hit. Ah, me batam um abacate!

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