
Sinceramente, estou cansado de criticar o óbvio. Mas... É a profissão.
Cresce a geração dos idiotas de cabeça baixa. É a humanidade...
Prédio onde resido, 7h30 da manhã, o elevador (finalmente!) para no
meu andar e eu, claro, entro. Apenas uma pessoa a bordo. Uma mocinha de
cabeça baixa, absorta e manipulando um desses smartphones, entre mil
mensagens, entre mil sorrisos idiotas e, pasmem, até o ensaio de uma
gargalhada.
Por mais que isso esteja se transformando em algo cada vez mais
comum, chego a me espantar. Acho que estou diante de um zumbi. Mas logo
concluo: é mais um exemplar que se acha homo sapiens, mas que não passa
de um indivíduo da geração da cabeça baixa, ou, como disse Einstein,
pelo menos seis ou sete décadas atrás: “Quando a tecnologia DOMINAR as
relações humanas, teremos uma geração de idiotas.”
Ainda sobre os idiotas (I)
Já disse aqui, e repito: não sou retrógrado, nada tenho contra um dos
maiores avanços tecnológicos dos últimos tempos, que é a internet,
fonte inesgotável de informações etc. e tal.
No entanto, as empresas de redes sociais e os fabricantes de
smartphones, claro, não poupam ninguém. E estão fabricando a grande
geração dos idiotas.
Ainda sobre os idiotas (II)
O problema, aliás, não está na tecnologia, mas sim no que ela, à
medida em que se populariza, acaba por revelar: a esmagadora maioria da
humanidade é composta por oligofrênicos (como sempre disse meu amigo
Tony Pacheco) e, assim, embebedam-se no mar de mensagens que mostram o
que você está comendo, quem você está comendo e coisas que tais.
Ainda sobre os idiotas (III)
Ninguém conversa mais p... nenhuma. Todo mundo se debruça (sem notar
que a cabeça, que pesa em média cinco quilos, força estupidamente a
coluna cervical) sobre um aparelhinho bizarro, onde as coisas mais
bizarras desta sociedade bizarra circulam, com ares de “informação”.
Ainda sobre os idiotas (IV)
Sinto muito se estou “enchendo o saco” dos leitores, mas ainda bem
que é na forma de literatura. Portanto, podem parar de ler a qualquer
momento e nem pensem em responder.
A questão é que a difusão mundial da informação está, sim, proliferando a imbecilidade.
Aliás, permitam-e, lembro do tempo em que músicos como Pinkl Floyd,
The Who, Rolling Stones, Raul Seixa, Mutantes etc., levavam messes para
lançar um disco e nós, pobres coitados analógicos, aguardávamos com
ansiedade. Hoje, qualquer gritinho histérico em cima um trio elétrico
vira hit. Ah, me batam um abacate!
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